quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Protesto Estudantil: Universitários exigem melhorias


Estudantes lutam por melhores condições de ensino para a única faculdade pública do Sertão Central

Quixadá. Um grupo de estudantes da Faculdade de Educação Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc) foi às ruas ontem de manhã. Levaram cartazes e tambores de lata para demonstrar a insatisfação com o descaso que, segundo eles, está sendo dado a única faculdade pública com cursos regulares na região Centro do Estado. O movimento estudantil da Feclesc planejou uma passeata com roteiro final até a porta da Prefeitura Municipal.

Iriam levar, ao prefeito Ilário Marques, uma série de reivindicações para melhoramento das atividades de ensino no campi interiorano que integra o complexo universitário da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Por meio do gestor municipal pretendiam abrir um canal de contato direito com o governador Cid Gomes.

Não foi preciso. As lideranças na Capital tinham acabado de assegurar audiência com o chefe do Poder Executivo estadual para o próximo mês.

A informação foi passada por celular. No encontro pretendem apresentar a lista de reivindicações: o fornecimento de livros atualizados para a biblioteca da Feclesc, construção dos laboratórios de Física, Química e Biologia, já que os utilizados pertencem ao Centro Vocacional Tecnológico (CVT) bem como o reaparelhamento do laboratório de Informática.

A maioria dos computadores que foram doados pelo Banco do Brasil, todos usados, já não está mais funcionando.

Ainda na Praça José de Barros, principal palco dos atos públicos na cidade, o pequeno grupo de universitários repudiou os governantes pelo fracasso do ensino público no País. Chamaram a atenção dos transeuntes e motoristas com palavras de ordem.

“É ou não é piada de salão. Tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra educação”. Também criticaram as constantes greves dos professores da Uece. A mais recente iniciada na última segunda-feira.

Uma das líderes do ato estudantil, Ruth Paiva, ressaltou que a categoria apóia a reivindicação dos educadores que optaram pela paralisação, mas lamentou a ausência deles na unidade interiorana e, ainda, a falta de informações.

Ela também justificou que a mobilização estudantil havia sido feita através de e-mails e de mensagens enviadas para os telefones celulares dos colegas. Mas, por conta da deflagração da greve dos docentes da Uece, as prefeituras não disponibilizaram transporte para os estudantes que moram nas outras cidades da região.

Eles representam a maioria dos mais de 1,2 mil universitários matriculados nos sete cursos disponíveis.

Enquete
Lutar por uma boa educação é dever de todos

Fernanda Ruth Teles Paiva
21 ANOS
Estudante

"Como podem exigir dos alunos melhores índices no aprendizado se a nossa educação pública é tratada a migalhas?"


Francisco Nonato Fraga Júnior
27 ANOS
Estudante

"Lamento a ausência dos nossos colegas. É uma prova de descrédito àqueles que se comprometeram em melhorar nossa vida".


Maria Zilvânia Rabelo
22 ANOS
Estudante

"Bons alunos se faz com bons livros e boa educação. Espero que o nosso governador se sensibilize com a nossa causa".

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