sábado, 10 de novembro de 2007

Brasileiros ricos ficaram mais ricos em 2007, diz pesquisa


Brasileiros ricos ficaram mais ricos em 2007, diz pesquisa


A vida do brasileiro melhorou neste ano, especialmente dos mais ricos. A renda média das famílias das classes A e B, que recebem acima de dez salários mínimos por mês (R$ 3,8 mil), aumentou 7,3% em 2007 em relação ao ano passado. O resultado superou a taxa de crescimento da média da população em geral, que foi de 5% para o período, e das classes mais pobres C e D/E, que registraram acréscimos de 4% e 2%, respectivamente.



Os números fazem parte de um estudo do instituto de pesquisa LatinPanel que visita 8,2 mil domicílios semanalmente em todo o País. A partir desses dados, foi traçado o perfil do orçamento dos brasileiros e feitas as projeções de renda e gastos.


"Os ricos ficaram mais ricos este ano", afirma a diretora do instituto, Margareth Utimura. Houve crescimento da renda das classes A e B em quase todas as regiões pesquisadas, exceto na Grande São Paulo, Grande Rio e no Sul. O maior acréscimo ocorreu no Centro-Oeste (27,4%), seguido pelo interior de São Paulo (7%).


Margareth aponta dois fatores, além da recuperação do emprego e da estabilidade de preços, que sustentaram a alta da renda dos mais ricos. Um deles foi o aumento médio de 27% das comissões recebidas este ano, como a remuneração variável paga pelas empresas. O outro fator foi o rendimento das aplicações financeiras, que mais que dobrou (216%) para essa camada.


O estudo mostra que as classes A e B ampliaram em 26% os desembolsos com a compra de veículos à vista em 2007. Nas despesas gerais, os gastos dos mais ricos cresceram 5% e superaram a média da população (4%).


Mais pobres


Os gastos das classes C e D/E cresceram abaixo da média geral, com variação de 2% e 3% respectivamente. A novidade é que o desembolso dessas camadas de renda menor está mais direcionado para produtos que proporcionam mais qualidade de vida e praticidade. Nesse rol, aumentaram gastos com iogurte, molhos, materiais de construção para reforma.


Nesse ritmo, os gastos com habitação cresceram 9% (R$ 2.588) e passaram a representar 13,4% do orçamento doméstico. A classe C foi a que mais se destacou nesta evolução, saltando de R$ 2.081 no ano passado para R$ 2.365 neste ano.


Os gastos com saúde subiram 8% no comparativo entre este ano e o anterior, a R$ 1.364. O vestuário também consumiu mais recursos – 11% na média do país, a R$ 1.170. A pesquisa apontou ainda a evolução de gastos com alimentação fora do lar (alta de 8%) e com lazer (expansão de 7%).


Na contramão desta tendência, a alimentação dentro do lar perdeu força (queda de 11%) no comparativo com 2006. O gasto foi 17 % menor ao mês com frutas, verduras e legumes, e 15% menor com aves, carnes, ovos e peixes.


Da redação, com agências

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