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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Moeda social enfrenta crise


Banco comunitário busca alternativas para consolidação de moeda social como meio para o desenvolvimento regional

Choró. Um modelo social de incentivo ao fortalecimento econômico comunitário enfrenta uma grave crise no Interior do Ceará. O Sabiá, moeda alternativa que passou a circular neste município da região Centro do Estado, não consegue decolar. O problema, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Choró, responsável pela implantação da cédula especial nesta cidade, Maria Eliane Ramos, não está na crise mundial, mas na falta de parcerias públicas. Sem o apoio da administração local, o dinheiro popular estará fadado à extinção no município.

Na opinião da líder comunitária, somente com a formação de uma cadeia solidária será possível elevar o percentual de circulação do Sabiá na cidade. Implantado faz pouco mais de um ano, o giro mensal da moeda não ultrapassa R$ 800,00. São poucos os comerciantes que aceitam as cédulas de S 0,50, S 1,00, S 2,00, S 5,00 e S 10,00. O interesse da população também é bem pequeno pelas cédulas especiais que, por votação popular, ganharam o símbolo do pássaro genuinamente brasileiro ameaçado de extermínio, no caso, o Sabiá.

Salário dos servidores

O chefe de gabinete da Prefeitura de Choró, René Felipe de Araújo, informou que a administração local estuda alternativas para fortalecimento da moeda local. Dentre as possibilidades, o pagamento de um percentual do salário dos servidores com o Sabiá. Ele acredita ainda que a contrapartida dos comerciantes com descontos nas mercadorias, com utilização da moeda alternativa, poderá atrair a clientela e evitar o êxodo para Quixadá, maior pólo econômico da região. Araújo não definiu data para as mudanças.

Dedicado aos negócios de varejo na cidade desde a adolescência, Nailton Campelo considera a proposta estudada pela Prefeitura uma boa saída para a crise do Sabiá. Entretanto, critica a transferência do pagamento do funcionalismo público municipal para a cidade vizinha como principal fator para agravamento da crise no município. Segundo ele, para concorrer com Quixadá, o jeito é vender fiado e aceitar qualquer garantia. O Sabiá é uma dessas formas.

Sobre a situação enfrentada em Choró, o coordenador-geral do Instituto Palmas, Joaquim Melo, ONG idealizadora e promotora dos bancos comunitários que passaram a se espalhar pelo País na última década, não vê motivos para o desestímulo. Ele ressalta que a moeda social é apenas um dos serviços disponibilizados nas comunidades carentes, mesmo assim destaca que o valor em circulação da moeda especial representa, pelo menos, dez vezes mais o mesmo valor em reais já que passa de mão em mão exclusivamente na cidade.

Melo considera viável a proposta apresentada pela Prefeitura de Choró. Ele cita que um modelo similar já funciona em São João do Arraial, no interior do Piauí. Lá, 20% do salário dos servidores é pago em Cocais, moeda local. Outro incremento econômico encontrado foi o pagamento de 3% dos serviços prestados por empreiteiros com a mesma moeda. Dessa forma, são obrigados a investir parte dos lucros na cidade. “O Banco Comunitário surgiu com esse propósito, promover e fortalecer o crescimento local”, completa o coordenador.

Atualmente, 25 municípios do Ceará contam com Bancos Comunitários. Outros nove estados utilizam o modelo criado em 2003 no Conjunto Palmeiras, em Fortaleza. Todos eles utilizam moedas locais.

Empréstimos, aberturas de contas, depósitos, saques e cartão de crédito são alguns dos serviços prestados pelos bancos populares. Os recursos são captados por meio de doações ou dos poderes públicos constituídos na região.

ALEX PIMENTEL
Colaborador
www.diaridonordeste.com.br

terça-feira, 30 de junho de 2009

Caminhoneiros interditam CE-456 próximo a Choró

Irritados com demora na recuperação de rodovia estadual, motoristas acampam no meio da pista e enfrentam Polícia


Choró. Mais de 30 caminhões bloqueiam a circulação de veículos na CE 456, entre os municípios de Choró e Canindé. Os motoristas protestam contra a precária condição de tráfego no desvio construído pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER) em um trecho destruído pelas águas de uma barragem rompida nas imediações da malha viária no início de maio. Só pretendem sair do local quando for confirmado o início das obras e definido o prazo de conclusão.

Os caminhoneiros estão acampados na rodovia desde a tarde do último domingo, na localidade de Croata, a cerca de 15km do Centro de Choró. Eles bloqueiam a passagem de qualquer tipo de veículo. O acesso é liberado apenas para ambulâncias e viaturas policiais. Motociclistas não são impedidos, mas têm que utilizar o acostamento tomado pelo mato. Quem quiser cruzar o Estado pelo Sertão Central terá que percorrer pelo menos 150km a mais, dizem os motoristas.

Uma equipe da Companhia de Patrulhamento Rodoviário (CPRv) de plantão no posto de fiscalização de Quixadá esteve no local. O subtenente Wilame Araújo informou ter sido orientado a analisar a situação e enviar relatório para o Comando da Polícia Militar. Ele ouviu as reclamações e reivindicações do grupo. Respeitou o ponto de vista deles e orientou a agirem de forma pacífica.

A postura da patrulha da CPRv de Canindé não foi a mesma quando chegou ali no início da tarde. Segundo os motoristas, além de tentarem obrigá-los a retirar os veículos de carga da rodovia ainda efetuaram disparos de armas de fogo para intimidá-los. O clima ficou tenso. Só foi amenizado após contato telefônico com lideranças políticas. Os patrulheiros receberam ordens para permanecer no local, garantindo a ordem e a segurança do grupo que protestava.

Sobre a rodovia estadual, o superintendente adjunto do DER, César Barreto, assegurou a construção de um novo desvio ainda nesta quarta-feira. A obra estará pronta dentro de algumas horas. Quanto à reconstrução do bueiro carreado pelas águas, demorará pelo menos 90 dias. O prazo foi confirmado por operários do órgão estadual que se encontravam no local. São pelo menos 30 dias nos trabalhos de concretagem e outros 60 no aguardo da cura do cimento. O Distrito Operacional de Aracoiaba realizará os serviços.

Apesar da garantia divulgada pelo DER, os caminhoneiros só pretendem liberar a CE 456 quando começarem a ver as máquinas trabalhando.


ENQUETE
A situação das rodovias causam prejuízos?

José Roniely da Costa
30 ANOS
Motorista

A gente sofre viajando pelas estradas. Mais ainda quando há chuva e a lentidão na restauração das pistas

Rafael Oliveira da Silva
22 ANOS
Motorista

Pelo menos as CEs o Governo do Estado se preocupa em recuperá-las. As BRs estão completamente abandonadas.

ALEX PIMENTEL
Colaborador
Diário do Nordeste

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Documentário "Garapa" gravado em Choró chocou o diretor José Padilha




"Eu saí de lá deprimido (...) Foi duro essa experiência de conviver com as pessoas, ficar amigo delas e não poder interferir radicalmente, porque eu tinha que fazer o filme (...) Ao tomar contato com essa realidade, não só eu mas toda a equipe de filmagem ficou deprimida."

Em entrevista à revista "Brasileiros", o diretor José Padilha assim respondeu à pergunta sobre como foi conviver 45 dias em Choró (CE) com as famílias retratadas no documentário "Garapa".

Se deprimido, revoltado, triste ou indignado, impossível sair do cinema sem reação. Pode-se questionar as soluções encontradas por Padilha para o filme - fotografia em preto e branco, distância do objeto documentado (apenas em alguns trechos há perguntas) -, mas é difícil não se envolver com o que se passa em quase duas horas de exibição.

Padilha escolheu três famílias cearenses - uma próxima ao centro urbano, outra de uma cidade pequena e uma da zona rural - para retratar o cotidiano da fome. Filmado em 2005, o contexto do assistencialismo do governo Lula não estava tão impregnado e funcional como hoje, mas algumas coisas dificilmente devem ter mudado.

Por exemplo, uma família fica sem a cota de leite porque o funcionário do governo (estadual ou federal, não fica claro) não entregou o item por causa do Carnaval - pela TV, descobre-se que era uma quarta-feira de Cinzas, a narração da apuração das escolas de samba denuncia.

As famílias são gigantescas e pouca orientação existe sobre controle de natalidade. Uma delas possuia 11 filhos na época da filmagem - hoje, são 13 e prestes a serem 14. Essa é a política de um país católico. Uma mulher não hesita em fazer sexo com o companheiro, mesmo sabendo que ele pode ter alguma doença, e diz que não sabe se o homem usa ou não camisinha. O discurso do Fome Zero nunca vai funcionar com as famílias se multiplicando sem orientação.

A bebida é uma constante. Um marido pega as coisas de casa para vender e passa o dia bebendo. Outro não vai trabalhar e fica o dia dormindo, por conta de uma ressaca. Ninguém escapa do alcoolismo, pais e mães reclamam de seus pais e mães constantemente bêbados e se transformam em pais e mães mais bêbados.

Trabalho não há. As pessoas não sabem se comunicar, falam mal e sem vocabulário, muitas das frases não têm sentido - um rapaz teve que ouvir umas quatro vezes a explicação de que o remédio que o cineasta deu para passar a dor de dente de uma das crianças não curou o mal, apenas atenuou a dor provisoriamente -, as crianças não possuem coordenação motora e se estão claramente desnutridas, as pessoas não sabem quando e onde nasceram, balbuciam os nomes completos e algumas só possuem o título de eleitor como documento - claro.

O filme caminha por closes, moscas e muriçocas convivendo com pratos de feijão duro, farinha, açúcar e água, a garapa do título, um cotidiano miserável e que, ajudado pelo p&b, parece um Brasil que imaginava-se não existir mais. Apresentado de forma crua, o impacto é mais forte. Em certo momento, talvez surja a pergunta "para onde ele vai caminhar agora?", já extenuado pela rotina das famílias.

A resposta aparece dessa convivência com a fome, de esperar o dia passar para ver o que vai acontecer, para saber o que comer e se há comida. Essa espera é longa, e o filme reflete essa passagem.

Extraído do blog http://verbotransitivo.blogspot.com

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Bebê morre após falta de socorro hospitalar em Choró


Casal vai processar Secretaria de Saúde de Choró por negligência e exigir indenização por morte de bebê

Choró. Após momentos de sufoco na realização de um parto na beira da estrada e a morte do filho recém-nascido horas depois, Antônio Audênio Simão da Silva, 30 anos, e sua companheira Lucilene Pereira da Silva, 21, agricultores de Fonte Nova, comunidade rural do distrito de Caiçarinha, situada a 22km da sede de Choró, no Sertão Central, vão processar o hospital deste município na Justiça e exigir indenização pela perda.

A decisão foi tomada pelo casal por conta do que consideram negligência da equipe da Secretaria de Saúde do Município. Segundo eles, a ambulância do Hospital Padre José Bezerra Filho não atendeu ao pedido de socorro. Foram obrigados a realizar o parto na margem da CE-456, em plena madrugada do último dia 25 de maio — a rodovia corta a região no sentido de Canindé. O pai disse que não teve outra alternativa, uma vez que a mãe estava prestes a dar a luz.

Ele conta que esperaram mais seis horas pela ambulância que não apareceu na comunidade. Então, o jeito foi fazer o parto ali mesmo, na margem da rodovia. Nem ele sabe ao certo como fez.

Com o auxílio de uma moradora da região conseguiu cortar o cordão umbilical do filho com uma tesourinha. Após o parto, retornaram para casa. Pediram o auxílio hospitalar novamente e, mais uma vez, não foram atendidos. Luciano Pereira Simão, nome que recebeu o bebê, morreu 20 horas depois, por falta de assistência médica, segundo denuncia o casal de agricultores.

Eles resolveram tornar o caso público na região por meio da rádio Pioneira FM, uma emissora comunitária outorgada pelo Ministério das Comunicações. Antônio Audênio enviou uma carta, escrita por um amigo, já que não sabe ler nem escrever. Apenas assina o nome. O radialista Antônio Borges de Oliveira, conhecido por ´Marcolino´, recebeu a denúncia e leu no seu programa “Linha Direta”, transmitido diariamente no horário de 12 às 14 horas. Marcolino afirma que ficou indignado e decidiu informar ao Diário do Nordeste.

Ao receber a reportagem, o apresentador e ex-secretário de Comunicação da administração municipal anterior, apresentou mais denúncias. Afirma serem constantes as reclamações dos ouvintes. Apesar de pertencer ao grupo político adversário, alega só transmitir o que tem provas. “Todos reclamam da falta de médicos nos postos de saúde e até no único hospital da cidade, que nem telefone possui”, afirma ele.

O administrador geral do Hospital Municipal, Gilberto de Almeida, contesta o radialista e também a versão apresentada pelo casal. Lamenta a morte prematura, mas a atribui aos próprios pais. Segundo avalia, os pais não atenderam as orientações padrões. “Gestantes em estado de parto que moram na zona rural, em áreas de difícil acesso, ficam acomodadas em casas mais próximas das estradas”. Segundo ele, a mãe preferiu retornar para casa. Também não seguiram para o hospital após o parto. Mesmo que tivesse ocorrido omissão dos servidores plantonistas, já que o contato com a unidade de atendimento é feito por um orelhão instalado há mais de 20 metros da portaria, e não houve retorno da primeira ligação, confirmando a necessidade, poderiam seguir em outro transporte ao amanhecer do dia, conforme avalia.

GRAVE

"Recebemos denúncias todos os dias. Mas esse caso é muito grave. Uma vida humana foi perdida"

Marcolino Borges
Radialista

SAÚDE PÚBLICA

Três médicos fazem rodízio de plantão na unidade

Choró. O administrador geral do Hospital Municipal de Choró, Gilberto de Almeida, confirma as dificuldades enfrentadas no atendimento médico à população. Porém, atribui ao constante rodízio de médicos, que recebem propostas mais interessantes e vão embora. “Todavia, a situação já está sendo normalizada”, garante. Três médicos plantonistas já se revezam na unidade hospitalar do município. A linha telefônica está sendo reinstalada dentro do prédio. Havia pendência de mais de R$ 12 mil, deixada pela administração anterior, segundo conta. Além desses problemas, o diretor hospitalar informou que o prefeito José Antônio Rodrigues Mendes, o “Dé”, está estudando a nomeação de novo secretário de Saúde para o município. O farmacêutico Antônio Neto pediu destituição logo após a morte do bebê. Alegou razões pessoais.

Quanto à ação judicial, o diretor acredita não existirem elementos. Os relatórios, médico e da agente de saúde da comunidade, apontam uma hemorragia no cordão umbilical como causa. “Os pais desprezaram o risco”, justificou.

ALEX PIMENTEL
Colaborador
Diário do Nordeste

sexta-feira, 5 de junho de 2009

42 hospitais do Interior recebem novos equipamentos


A entrega será feita pelo governador Cid Gomes nesta segunda-feira (8) na Escola de Saúde Pública.

Trinta hospitais-polo que atendem a população do Interior do Estado passam a ter mais capacidade para realização de diagnóstico e de cirurgias de média e alta complexidade. Na segunda-feira, dia 8 , às 9 horas, o governador Cid Gomes e o secretário da Saúde, João Ananias, farão, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), na Av. Antônio Justa, 3161, Meireles, a entrega de equipamentos hospitalares aos prefeitos dos municípios onde estão localizados 30 hospitais-polo. Hospitais de Pequeno Porte (HPP) também terão a estrutura reforçada, na área de assistência ao parto. Doze hospitais receberão kits, com camas para o parto, berços acrílicos, cardiotocógrafos, escadinhas com dois degraus e poltronas para acompanhantes.

Para os 31 hospitais-polo, serão distribuídos, no total, 108 equipamentos. São aparelhos de ultrassom, aparelho de raio X portátil, processadoras de raio X, oxímetro de pulso, mesas de cirurgia, camas de recuperação, monitores multiparâmetros e 12 carros de anestesia. Atualmente, nos centros cirúrgicos dos 30 hospitais-polo não há carros de anestesia com a tecnologia e capacidade dos novos que estão sendo entregues pelo Governo do Estado.

Os recursos para a aquisição dos equipamentos dos hospitais-polo, no valor de R$ 3,62 milhões, são do Governo do Estado e do Ministério da Saúde. A maior parte do investimento foi do Tesouro do Estado: R$ 2,1 milhões. O restante, R$ 1,51 milhão, veio do Ministério da Saúde. Já na aquisição dos kits para os Hospitais de Pequeno Porte o Tesouro do Estado foi fonte única. O total investido chegou a R$ 585,7 mil.

Os resultados esperados desse investimento, afirma o secretário João Ananias, estão na humanização do parto, que promove redução da mortalidade materna e também diminui a mortalidade infantil. Ele lembra que "as mães tem direito a acompanhante, mas que na maioria das vezes ficam em camas e cadeiras improvisadas sem as mínimas condições de acolhimento, de humanização do parto". Agora, com a distribuição dos novos equipamentos, em 12 Hospitais de Pequeno Porte as poltronas são dobráveis e confortáveis.

São os seguintes os Hospitais de Pequeno Porte beneficiados com equipamentos novos: Unidade Mista de Banabuiú (Banabuiú), Hospital Maternidade Pe. José Bezerra Filho (Choró), U.M.S Irapuan Pinheiro (Dep. Irapuan Pinheiro), U.M.S de Ibaretama (Ibaretama), Unidade Mista de Saúde (Piquet Carneiro), Hospital Municipal Suely Pinheiro (Solonópole), Hospital São Sebastião (Apuiarés), Hospital Maternidade Julia Jorge (General Sampaio), Hospital Maternidade Antônio R. de Silva (São Luis do Curu), Unidade de Obstetrícia (Umirim), Hospital N. S. do Patrocínio (Aiuaba) e Hospital Geral de Catunda (Catunda).

Hospitais-polo e Hospitais de Pequeno Porte são unidades filantrópicas e públicas municipais que recebem todos os meses investimentos do Governo do Estado, numa estratégia de reforçar a assistência à saúde da população na média complexidade e na atenção secundária. Só para os hospitais-polo (31 no Interior e mais três localizados em Fortaleza), a Secretaria da Saúde do Estado repassa, por mês, R$ 3,59 milhões, recursos 100% do Tesouro do Estado.

Fonte: http://www.ceara.gov.br

terça-feira, 26 de maio de 2009

Garapa documentário gravado em Choró chocou Berlim e Nova York


Padilha de volta ao cenário de \''Garapa\''Caatinga e pastos verdes, rios e açudes transbordando, aguadas dos dois lados da estrada que nos leva de Fortaleza para Quixadá, no semi-árido cearense. É uma paisagem bem diferente daquela que o cineasta José Padilha encontrou ao passar 45 dias na região, em 2005, para filmar Garapa, o documentário sobre o Brasil que ainda passa fome, que estréia em circuito nacional no dia 29 de maio.


José Padilha com Francisca e alguns dos filhos

O fotógrafo Manoel Marques e eu acompanhamos a viagem de Padilha, agora levando a mulher, Jô, e o filho, Guilherme, de cinco anos, até Choró, antigo distrito emancipado de Quixadá, onde vivem três das quatro famílias protagonistas do filme.

A reportagem sobre Padilha e o que mudou na vida delas nestes quatro anos será publicada na edição de junho da revista Brasileiros.

É tanta água inundando este sertão das secas sem fim que não conseguimos chegar até a casa de duas famílias.

A estrada de Choró para Canindé simplesmente rachou ao meio, com a enxurrada levando o asfalto e deixando uma cratera de uns 20 metros de fundura separando as duas partes.

Já perdi a conta de quantas vezes vim ao nordeste para fazer reportagens sobre a seca e a fome, desde o final dos anos 60 do século passado, quando trabalhava no Estadão. Podiam mudar os cenários e os personagens, mas a história era sempre a mesma.

Na seca de 2001/2002, trabalhando na Folha, descobri algumas ilhas verdes em meio à paisagem esturricada na divisa do Ceará com Pernambuco. Combinei com o fotógrafo Jorge Araújo mudar o foco da reportagem.

Procuramos mostrar que, se o clima e o solo eram os mesmos para todos, em algumas regiões o povo conseguia conviver melhor com a seca, plantando e comendo, graças à ação de entidades reunidas em torno da Articulação do Semi-Árido (ASA), uma ONG do sertão.

Com o fornecimento de sementes, o auxílio de máquinas e insumos para preparar a terra e a construção de cisternas, milhares de sertanejos haviam melhorado de vida. As fotos do Jorge Araújo retratando esta outra realidade surpreenderam não só os leitores, mas também os editores do jornal.

Desta vez, minha surpresa foi encontrar luz elétrica e água encanada na casa de pau-a-pique de uma das famílias do filme de Padilha, que agora não passa mais fome, mas ainda não conseguiu sair da miséria.

Francisca Robertina André Jerônimo, bisneta de índios, não sabe a idade, o nome do pai, nem o número exato de filhos. Eram 11 na época das filmagens, são 13 agora, todos morando nesta casa escura de quatro comodos, coalhada de moscas, que só tem uma pequena janela. O banheiro é o mato mais próximo.

Quatro são do atual companheiro, Severino de Souza Feitas nos documentos, mas que todos só chamam de Luiz. Robertina parece estar grávida de novo, mas ela nega.

Com a ajuda de R$150 mensais, que a produtora de Padilha e seu sócio Marcos Prado envia todos os meses para as famílias, mais os R$ 138 do Bolsa Família, os filhos já não se alimentam só à base de Garapa, como chamam a mistura de água com açucar, que acabou batizando o filme.

Não faltou mais comida para a família, que dorme dividida em três redes ou pelo chão. Com as enchentes, Luiz consegue até pegar uns peixes para a mistura, sem muito esforço, no corrego que se formou nos fundos da sua casa.

O repórter e Robertina Os dois não trabalham. Robertina, que é lavadeira, porque precisa cuidar do monte de filhos. Luiz alega que os fazendeiros estão sem dinheiro para pagar as diárias de R$ 15 e está faltando serviço na roça.

A vida mudou muito nestes sertões, 40 anos depois que eu vim parar aqui a primeira vez e, quatro, após a filmagem de Garapa. Agora tem água encanada, luz e comida na maioria das casas, e as crianças vão para a escola.

Mas a tristeza da falta de perspectiva na rotina miserável ainda é a mesma, afogada na cachaça que une as vidas de gente como Robertina e Luiz, dois brasileiros que apenas sobrevivem graças à ajuda do governo e de voluntários que lhes prestam assistência.

A realidade da vida aqui, podem crer, que chocou tantos críticos e convidados nas pré-estréias de Garapa em Berlim, Nova York, São Paulo e Rio, é ainda mais dramática do que as cenas em preto e branco deste documentário em forma de reportagem ao vivo.


sábado, 23 de maio de 2009

Rachel Marques diz que Interior enfrenta situação de calamidade


Embora o Legislativo Estadual já tenha constituído uma Comissão Especial para acompanhar os efeitos das chuvas, Rachel Marques ressaltou que é preciso mais atenção às conseqüências das enchentes. Em Choró, a deputada denunciou que, ao fazer a avaliação dos estragos, a Defesa Civil deixou de fora as áreas de assentamentos. O argumento é que não seria de competência da Defesa Civil atender a essas áreas. "Não deve haver esse tipo de discriminação. Temos que ter agilidade no atendimento de todos os cearenses que foram atingidos pelo excesso de chuvas", disse.

A parlamentar lembrou que o município do Sertão Central está de fora da lista de cidades contempladas pelos recursos que estão sendo liberados pelo Governo do Estado. Segundo ela, em Choró, além dos prejuízos nas plantações, animais foram arrastados e barragens romperam, "colocando as famílias numa situação bastante grave". "Temos que tomar providências urgentes", cobrou. Para Rachel, há a necessidade de se ampliar o número tanto do pessoal que atua remediando os problemas, como dos responsáveis por fazer os laudos das perdas, para que o Seguro Safra seja liberado em tempo hábil.

Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) elogiou a iniciativa do vice-presidente da Casa, A deputada Rachel Marques (PT) classificou, na sessão plenária desta quarta-feira (06/05) da Assembléia Legislativa, que os problemas ocasionados pelas enchentes provocadas pelo período chuvoso deixaram municípios do interior do Estado em situação de calamidade. A parlamentar petista alertou para o município de Choró, localizado no Sertão Central, onde a estimativa é que as perdas na agricultura cheguem a mais de 800 hectares do território plantado.

Deputado Gony Arruda (PSDB), de acionar clubes de futebol local para que arrecadem alimentos na entrada dos estádios antes das partidas. O tucano também destacou a articulação que o presidente do Legislativo estadual, deputado Domingos Filho (PMDB), está fazendo com outras as Assembléias do Nordeste para reivindicar socorro emergencial do Governo Federal.

Já o deputado Júlio César (PSDB) disse que essa é uma "questão de Estado, para a qual todos têm que procurar soluções". Ele lembrou ainda que o município de Uruburetama não aparece na relação de contemplados pelos recursos encaminhados pelo Executivo Estadual. Para ele, a situação de Uruburetama merece maior atenção.

Informações do site:
http://www.jusbrasil.com.br

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Chuvas comprometem calendário escolar no Sertão Central

Dificuldades de tráfego e risco de acidentes por causa das chuvas provocam mudanças no calendário escolar

Pelo menos 20 mil estudantes do Ensino Fundamental do Sertão Central estão deixando de ir às aulas por conta das chuvas. Embora os transtornos causados nessas cidades sejam bem menores que as inundações no Vale do Jaguaribe e na região Norte do Estado, a maioria das estradas de acesso à zona rural desses municípios estão em péssimas condições. Somente veículos grandes e com tração conseguem se livrar dos atoleiros. Números da Secretaria de Educação do Estado apontam que, no Ensino Médio, o número de estudantes sem aulas em decorrência das chuvas sobe para cerca de 60 mil. Desse total, 12.033 são da zona Norte e 8.742 estão no Sertão Central. 93 escolas da rede estadual estão com as aulas paralisadas neste período.

Os gestores públicos se preocupam com a segurança dos estudantes, principalmente as crianças. A secretária de Educação de Choró, Maria do Nascimento Cabral, teme acidentes com os transportes escolares. Em alguns trechos, além das poças, os veículos derrapam nos massapés. Há riscos de capotagem. Quando cruzam as barragens de pequenos açudes, o perigo aumenta. “Nossos alunos deverão retornar às salas no início de junho, caso o tempo melhore”, disse ela.

A 12ª Célula Regional de Educação (Crede 12) aderiu à alteração do calendário escolar em Choró. Conforme a supervisora do Núcleo de Desenvolvimento Escolar, Fátima Pimentel, as férias escolares do primeiro semestre para os alunos do Ensino Médio realmente foram antecipadas nesse município. Mas nas cidades de Banabuiú, Ibaretama, Ibicuitinga, Madalena e Quixeramobim, a paralisação das aulas é parcial. Deve se estender pelos próximos 15 dias.

Essa é a expectativa da secretária de Educação de Quixeramobim, Socorro Pinheiro. As aulas serão recuperadas em julho e dezembro. Apesar da Prefeitura já ter iniciado a restauração de algumas estradas, se as chuvas continuarem, a alternativa será decretar a antecipação das férias na rede municipal. Embora a situação de tráfego melhore, cerca de 70% dos pais preferem não mandar os filhos para a escola. Além do medo de acidentes, eles se preocupam também com doenças como resfriados.

Situação mais crítica enfrenta o distrito de Piranji, em Ibaretama. As aulas foram interrompidas por conta da elevação das águas do rio que corta e dá nome à localidade.

Enquanto as águas não baixarem, cerca de 400 alunos do Ensino Fundamental não poderão retornar à sala de aula. A Escola José Augusto de Queiroz ficou parcialmente submersa. Tempo apenas para empilhar as cadeiras e salvar parte do acervo da biblioteca. A diretora da unidade escolar, professora Luiza Ferreira, só vai autorizar o retorno dos alunos após minuciosa inspeção no prédio. O teto de uma oficina ao lado desabou.

Férias antecipadas

A Secretaria de Educação de Paramoti foi obrigada a antecipar parte das férias escolares por causa das chuvas. A quadra invernosa deste ano tem dificultado, principalmente nas últimas semanas, o tráfego nas estradas de boa parte das comunidades rurais, em consequência das enchentes de rios e riachos que cortam o município. Por conta disso, a Secretaria levou a antecipação para todas as escolas municipais. As férias, iniciadas na última segunda-feira, prosseguem até 25 de maio. O reinício das aulas está marcado para o próximo dia 26.

A decisão objetiva garantir a segurança de estudantes e professores, além de fazer com que nenhuma das crianças do município tenha o aprendizado comprometido neste ano.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Socorro Mariz, a carga horária de aulas não será prejudicada e, portanto, os pais devem ficar tranquilos quanto ao rendimento escolar dos alunos, bem como a manutenção do Programa Bolsa Família.

“Nossa maior preocupação é com a aprendizagem dos estudantes e, por isso, assim que as chuvas cessarem, iniciaremos um projeto que intensificará as ações pedagógicas nas escolas”, assegura a secretária.

Recesso ampliado

As escolas públicas do município de Ipueiras também foram afetadas pelas chuvas registradas na região. As unidades foram obrigadas a paralisarem temporariamente as atividades. Cerca de 11 mil alunos da rede pública municipal e mais de 2.400 da rede estadual foram afetados. O prefeito deste município, Nenem do Cazuza, já havia decretado recesso de 4 a 11 de maio, mas, como as chuvas não pararam, resolveu prolongar a suspensão das aulas até o próximo dia 22. As estradas que dão acesso às escolas estão, na maioria, cortadas e outras com difícil tráfego. Neste município, já choveu mais de 1.400 mm, segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) — a média anual pluviométrica é de 700 milímetros.


Mais informações:

12ª Célula Regional de Educação, Quixadá, (88) 3445.1038
Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Paramoti
(85) 3320.1113

Fonte: ALEX PIMENTEL
Colaborador
Diário do Nordeste

domingo, 10 de maio de 2009

Estudantes do colégio GVA dão lição de cidadania em Quixadá

Quixadá. Neste município, a lição de solidariedade vem de pequeno. São os alunos do Ginásio Valdemar Alcântara (GVA) que arrecadam alimentos para famílias carentes do vizinho município de Choró. Pelo menos 50 delas necessitam do amparo. As famílias perderam as plantações e os rebanhos para as chuvas. Na sala de aula, os estudantes aprendem alguns dos importantes ensinamentos das Irmãs Escolares de Nossa Senhora na tradicional unidade de ensino, fundada em março de 1950. A solidariedade é um deles, lembram as diretoras, Irmãs Adelaide Ganbim e Raimunda Saraiva.

Com esse espírito, os estudantes do GVA arrecadaram mais de 500 quilos de comestíveis e dezenas de peças de roupas na semana passada. Ao receber as doações, o pároco de Choró, Adalberto de Lima, se sensibilizou com a solidariedade dos jovens. Chorou e agradeceu. Partiu na certeza de que o sofrimento de muitas famílias diminuirá com o nobre gesto.

Enquanto o Governo do Estado não decreta estado de emergência no município, com o auxílio de centenas de doadores e voluntários, ampara os mais necessitados.

A viúva aposentada Maria Luiza Silva, 92 anos, é uma das necessitadas. Ela viu a casa, a plantação, a colheita e as 12 cabeças de gado, todo o seu patrimônio, ser levado pela enxurrada em 19 de abril, no distrito de Caiçarinha, zona rural de Choró. Abrigada numa escola da cidade, aguarda somente o sol secar a terra para retornar. Está decidida a recompor os hábitos diários. “A chuva passa. Toda chuva passa. A fé, a esperança e o auxílio de pessoas de coração fortalecem a gente a continuar a vida”, afirma decidida.

Ao saber da campanha promovida em parceria com os radialistas, a diretora do GVA disponibilizou o espaço escolar para as doações. A mobilização deve continuar entre os estudantes. Alguns pretendem até participar da maratona de forró. Se depender deles, nenhum cearense passará fome por causa das chuvas. Sugerem que além de arroz e feijão as pessoas doem agasalhos e roupas. Muitos escaparam das águas somente com a roupa do corpo. Veêm todos os dias nos jornais e na televisão a dimensão do sofrimento que aumenta com as chuvas.

Nas salas de aula, professores e alunos ensaiam um dos mais belos e realistas hinos do povo nordestino: Oh! Deus, perdoe este pobre coitado / Que de joelhos rezou um bocado / Pedindo pra chuva cair sem parar / Oh! Deus, será que o senhor se zangou / E só por isso o sol se arretirou / Fazendo cair toda chuva que há...

Alex Pimentel
Colaborador
Diário do Nordeste
Manchete: Diário Central

sábado, 2 de maio de 2009

4 anos de espera: Concursados fazem festa no Choro Limão



Uma luta que para muitos não esperavam mais um resultado positivo, mais nesta última quinta-feira O prefeito do município de Choro Limão embolsou os concursados tiveram que esperar mais de 4 anos para ser chamados. Luciene Alves, Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público, organização que representa os servidores municipais de Quixadá, Ibaretama, Ibicuitinga, Banabuiú e Choró comemorou a iniciativa do prefeito Antônio Mendes Rodrigues, a mesma disse que esta vitoria foi através de muitas lutas, o resultado mostrou a importância de um sindicato forte e atuante.



Os concursados com sorrisos estampados moveram bastantes elogios a Antônio Mendes, por sua vez foi mais do que humilde simplesmente disse que este momento não é para elogiar o prefeito, e sim para enaltecer aqueles que passarão a assinar o ponto como funcionários públicos daquela cidade.



Importante



Choró foi criada em 27 de março de 1992 fruto do desmembramento do município de Quixadá e instalado como município em 1 de março de 1993.



As raízes da cidade remontam do conjunto de operários empregados na construção do Açude Choró-Limão ou Açude Pompeu Sobrinho no Rio Choró, no lugar denominado Boqueirão do Limão, tendo como responsável o engenheiro Tomás Pompeu Sobrinho nos anos de 1932 a 1934.



Com o tempo o agregado assumiu caráter cosmopolita e passou de um simples acampamento a povoado. Por conta do fato em 1933, face o Decreto-Lei nº 1.156, de 4 de dezembro de 1933, elevou o arraial a realdeados em Amontada, de onde seriam remanejados para Tutóia já com categoria de distrito.



Transformado em município, conforme Lei nº 4.447, de 2 de janeiro de 1959, posteriormente suprimido na forma da Lei nº 8.339, de 14 de dezembro de 1965. Restaurado, em definitivo, pela Lei nº 11.926, de 27 de março de 1972, mantendo-se o nome atual.

Em termos religioso a doação do terreno coube a Benedito Paracampos e sua mulher D. Mimosa Paracampos. Erguendo-se no local uma capela, dedicada a São Sebastião, localizada ao sopé da Serra do Estêvão, tendo com data de fundação o dia 20 de janeiro de 1952, e instalação a 1 de março de 1953. Tem como padroeiro o santo católico São Sebastião.



Divisões administrativas

O município está divido em cinco unidades, a sede e mais quatro distritos: Barbada, Caiçarinha, Maravilha e Monte Castelo.

Prefeitos

Nome Partido

Otácio Dantas Filho PDT 1993 a 1996

Públio Jorge Matias Dinelly PSD 1997 a 2000

Públio Jorge Matias Dinelly PSD 2001 a 2004

Iracy Duarte Dantas PMDB 2005 a 2008

Jose Antonio Rodrigues Mendes De PSDB 2009 a 2012

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Telefonia móvel chega a mais 46 municípios do CE dentre eles estão Ibaretama, Ibicuitinga e Madalena

Apesar do avanço da telefonia móvel, muitas comunidades cearenses ainda não contavam com essa tecnologia

A cobertura de telefonia móvel está sendo ampliada dentro do território geográfico do Ceará. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o sinal de celular está chegando a mais 46 municípios do Estado e sendo ampliado em outras 4 cidades.

O dia de hoje é a data limite para que o sinal da Vivo chegue a Barreira, Cariré, Itatira, Jaguaretama, Jardim, Porteiras, Quixelô, Saboeiro e Tamboril. Já a Claro passa a operar em Acarape, Altaneira, Alto Santo, Apuiarés, Araripe, Capistrano, Caridade, Croatá, Frecheirinha, Graça, Granjeiro, Ibaretama, Ibicuitinga, Itaiçaba, Madalena, Miraíma, Palhano, Paramoti, Salitre, Tejuçuoca, Tururu e Uruoca. A TIM passa a cobrir Araiuaba, Bela Cruz, Cariús, Carnaubal, Hidrolândia, Iracema, Itarema, Milhã, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Pires Ferreira, Poranga, Quiterianópolis e Solonópole. Já o sinal da OI deverá estar chegando a Reriutaba.

Cobertura

Na segunda etapa da ampliação da rede — até 30 de abril de 2010 —, outros 18 municípios cearenses que ainda não contam com os serviços de celular serão contemplados. Desta forma, o mapa da telefonia móvel ficará totalmente coberto no Estado.

As últimas cidades cearenses a receberem o sinal até o próximo ano serão: Alcântaras (OI), Antonina do Norte (Claro), Ararendá (Claro), Arneiroz (TIM), Baixio (OI), Catunda (Claro), Choró (OI), Dep. Irapuã Pinheiro (OI), Ererê (OI), Iporanga (TIM), Moraújo (OI), Pacujá (OI), Palmácia (Claro), Potengi (Claro), Potiretama (TIM), Senador Sá (Claro), Tarrafas (Claro).

Com a ampliação, a Vivo informa que encerrará o primeiro quadrimestre desse ano com 3.293 cidades brasileiras atendidas (a maior cobertura do País). ´A cerca de dois anos, as operadoras reuniram-se com a Anatel para levar a telefonia móvel não apenas aos grandes centros urbanos, mas, também, a pequenos municípios´, ressalta o diretor da Vivo para o Nordeste. ´Estamos cumprindo a nossa missão, ao levar ao cidadão brasileiro a possibilidade de acesso ao universo ilimitado das telecomunicações móveis´, diz Perúcio.

´De acordo com o Indicador de Performance de Qualidade que integra a avaliação mensal da Anatel, estamos continuamente de dois anos para cá, em primeiro lugar.

Qualidade e confiabilidade no serviço é a nossa principal meta´, completa o diretor da operadora. A Vivo que foi a última operadora a entrar no mercado cearense — em outubro de 2008 — inicialmente, começou sua cobertura por sete municípios da grande Fortaleza. Depois expandiu-se para importantes cidades, como Juazeiro do Norte e, mais recentemente, Sobral.

Segundo o diretor da operadora, os moradores dos novos municípios cearenses que passam a contar com os serviços da Vivo, poderão adquirir aparelhos e contratar serviços da empresa através do www.vivo.com.br (link loja virtual). Perúcio informa ainda que loja móvel da operadora irá percorrer periodicamente essas cidades do interior.

Lívia Barreira
Especial para Economia
www.diariodonordeste.com.br
Manchente: Diário Central

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Barragens rompem e causam destruições em Choró


Barragens arrombam levando plantações, animais e a esperança de centenas de lavradores por um bom inverno

Choró. A ressaca das chuvas dos últimos dias trouxe muito mais que preocupação para os moradores deste município do Sertão Central, distante 170km de Fortaleza. Embora o número de desabrigados não tenha ultrapassado as 30 famílias, na zona rural de Choró as perdas já ultrapassam mais de 500 hectares de plantio. Dezenas de animais foram arrastados pelas águas e 19 barragens arrombaram. Para o município, com pouco mais de 13 mil habitantes e economia centrada principalmente no campo, a definição é de catástrofe.

De acordo com o coordenador local da Defesa Civil, José Mauro Jucá, os números podem ser ainda maiores. O levantamento está sendo concluído. Deverá ser encaminhado à Defesa Civil do Estado até amanhã. Apesar da trégua de ontem, com cerca de 32mm de precipitações na região, o perigo continua. Outras três paredes de açudes em assentamentos podem ruir a qualquer momento. O quadro mais grave é na localidade de Feijão, a 20km da sede do município. Famílias estão sendo retiradas das áreas de risco pela Defesa Civil.

Risco de morte

A aposentada e viúva Maria Luiza Silva, 92 anos, foi uma delas. Segundo conta, por pouco não perdeu a vida. Sua casa foi, literalmente, arrastada pelas águas juntamente com a barragem do açude que abastece a comunidade de Caiçarinha. Ela foi salva graças ao agricultor Geová Paulino da Silva, 55 anos.

Foi ele quem ligou para a vila informando que a parede do reservatório do assentamento havia cedido e a correnteza estava seguindo ladeira abaixo. Esse também foi o drama vivido por quem morava na Várzea Grande, Várzea Redonda, Arapuá, Serrote, Canafístula, Alegre, Teodósio, Pau D’Arco e Fonte Nova. Conforme relatório preliminar da Defesa Civil do município, o distrito de Monte Castelo foi o mais afetado, onde cinco açudes arrombaram. Até o enceramento desta edição não havia nenhuma vítima humana. Todavia, 22 bovinos e 36 caprinos foram tragados pelas águas.

Quadro crítico

Para o prefeito José Antônio Mendes, mais conhecido por “Dé”, a situação é de desolação. Juntamente com a equipe da Defesa Civil de sua terra natal, ainda contabiliza os estragos para elaboração do relatório a ser encaminhado para a Defesa Civil do Estado. Ele espera a decretação imediata do Estado de Emergência. Perplexo, não imaginava que nos quatro primeiros meses de sua administração enfrentaria tantos problemas de uma só vez para dar conta.

Dentre as medidas adotadas por Dé estão o abrigo e alimentação para as famílias que perderam suas casas, bem como a antecipação das férias escolares. Algumas delas receberam desabrigados e o acesso a maioria delas está muito arriscado. As estradas estão molhadas e os veículos podem derrapar. Vários trechos ainda continuam alagados prejudicando o tráfego. Segundo estimativas da Prefeitura, mais de 20km da CE-456 foram destruídos. A via estadual é o principal acesso a várias localidades.

Mais chuvas

O meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Peixoto, informou que o órgão prevê mais chuvas para os próximos três dias. Devem ocorrer em todo o Estado. Serão isoladas e de menor intensidade. Por enquanto, a maior precipitação foi registrada em Icapuí, no litoral de Aracati, com 213 milímetros, no dia 20 passado. Pelos levantamentos preliminares, apenas os índices registrados em 1989 são superiores aos atuais.

Pelo levantamento da Funceme, as maiores chuvas registradas no período das 7h de anteontem para ontem, foram observadas em Frecheirinha, com 192mm, Viçosa do Ceará, com 141mm e Amontada, com 100mm. Fortes chuvas continuam sendo observadas, principalmente em municípios da zona norte do Estado.

Em Canindé, há registro de rompimento de pequenas barragens. Na sede do município, quatro carros-pipas fazem o abastecimento de água potável porque o sistema do Saae rompeu, no trecho da adutora do Açude Sousa, numa extensão de 8km. A previsão para normalizar o abastecimento é de somente após 20 dias. A situação continua precária, desde o último sábado.

Mais informações:

Defesa Civil de Choró
(88) 3438.1030
Prefeitura Municipal de Choró
(88) 3438.1166
Sertão Central


ALEX PIMENTEL
Colaborador
www.diariodonordeste.com.br

sábado, 28 de março de 2009

Alunos de Choró terão nova escola de Ensino Médio

Os alunos da Escola de Ensino Médio Maria de Fátima Verçosa Damasceno, situada no município de Choró, ganharão um espaço de aprendizagem próprio, após 13 anos de funcionamento em prédio alugado. O Governo do Estado fará a entrega da unidade escolar nesta sexta-feira, dia 27, às 16 horas, com as presenças do governador em exercício, Francisco Pinheiro, e do secretário-adjunto da Educação, Maurício Holanda. Trata-se de um empreendimento da Secretaria da Educação (Seduc) com capacidade para 1.350 alunos, num investimento de R$ 1.017.487,25, proveniente do tesouro estadual.

Com área construída de 2.731 metros quadrados, o estabelecimento é o único da rede estadual, em Choró, com a oferta desse nível de ensino. Os alunos passarão a contar com 10 salas de aula, laboratórios de Informática, Física, Química e Biologia, dependência administrativa e quadra coberta. A obra foi acompanhada pela Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), por meio do Departamento de Edificações e Rodovias (DER), em parceria com a Seduc.

Atualmente, a escola tem cerca de 730 alunos matriculados em dois turnos. O diretor da unidade de ensino, Pedro Paulo, acredita que as novas instalações trarão melhores condições de estudos para esses jovens. “Essa nova estrutura vem agraciar o todo. Recursos como os laboratórios e a sala de multimídia, irão beneficiar, e muito, na aprendizagem dos alunos”, destacou.

A construção de escolas está entre os compromissos da atual gestão da
Seduc para ampliar o acesso e elevar os indicadores de permanência e fluxo no ensino médio, desafios que estão sendo enfrentados para a melhoria da educação dos cearenses.

A inauguração será nesta sexta-feira (27), às 16 horas.

Fonte: http://www.antonioviana.com.br

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Acidente fatal: Colisão entre Mercedes e Ciclista deixa um morto em Quixadá

Uma semana altamente movimetada e violenta na cidade de Quixadá a 170 km da capital do estado, a violência desde o inicio da semana teve extensão nesta terça, uma colisão envolvendo um Ciclista não identificado e uma Mercedes de cor vermelha, placas JHM 2414,inscrição do Ceará, guiado por Marcelo Bezerra de Sousa, 28 anos, fato esse ocorreu a pouco instante na Ce 359,KM 91 em Quixadá. Após a colisão o ciclista veio a òbito e levado para o IML de Quixeramobim. Até o Presente momento o cilclista não foi identicado e o motorista da Mercedes se apresentou espontâneamente a delegacia de policia civil de Quixadá, Segundo informações de populares a vitima trajava uma Bermuda e uma Jaqueta Jeans.

Maiores informações deste caso ainda hoje no Portal dos Estudantes.



Relatório de ocorrências registradas no setor de comunicações na área do BPM PROVISÓRIO DE QUIXADÁ, composta pelos municípios de QUIXADÁ, IBARETAMA, CHORÓ, IBICUITINGA, BANABUIÚ, QUIXERAMOBIM, PEDRA BRANCA, SENADOR POMPEU, MILHÃ, DEPUTADO IRAPUAN PINHEIRO E SOLONÓPOLE.


PLANTÃO das 06h do dia 16/02 para as 06h do dia 17/02/2009.

ROUBO A ESTABELECIMENTO BANCÁRIO.


SEGUNDA-FEIRA - 16.02.2009 – No dia 09.01.2009, por volta das 22h, foi registrada ocorrência no Setor de Comunicações deste Batalhão Provisório, a qual relata que o vigilante da Agência do Banco do Brasil, situado à Rua Rodrigues Júnior, nº 212, Centro de Quixadá, solicitou a presença de uma viatura da Polícia Militar, em razão de o citado vigilante haver detectado pequenos abalos característicos de uma furadeira trabalhando, vindos do piso daquela agência bancária. A Viatura RP 1412, comandada pelo Cabo PM TARCISIO, compareceu ao local, e após tomar ciência do fato pediu a presença do gerente da agência. Os Policiais Militares, juntamente com o gerente e o vigilante fizeram uma verificação no local e buscas nas imediações e nada foi encontrado. Diante do fato, foi orientado pelos policiais para que o gerente da agência levasse o conhecimento do fato aos escalões superiores do banco, haja vista que havia a possibilidade de assalto através da escavação de túneis, nos mesmos Modus Operandi do assalto ao Banco Central, em Fortaleza, bem como, procurasse a Delegacia Regional de Polícia Civil para registrar O Boletim de Ocorrência, pois ao lado da agência passava uma galeria de esgotos muito grande com possibilidade de ser usada por assaltantes como acesso ao banco, e diante dessa constatação as investigações deveriam prosseguir no âmbito da Polícia Judiciária. Na oportunidade a Cabo TARCISIO tomou conhecimento de que aquele barulho vindo do piso se intensificava sempre que um carro escuro passava em frente ao banco fazendo barulho com o som em alto volume. Hoje (16/02/2009) chegou ao conhecimento desta Unidade Policial Militar de que foi encontrado um túnel dentro da caixa forte do banco, que teve início em um lava-jato, localizado nas proximidades do escritório da CAGECE, na Rua José Juca, s/n, Centro de Quixadá. Do cofre, os ladrões levaram uma quantia ainda não divulgada, mas que segundo informações chega a cerca de R$ 2.000.000 (dois milhões) de reais. O mais intrigante ainda é que no sábado, dia 14.02.2009, foi organizado um grande evento carnavalesco em frente à agência do Banco do Brasil, fato que deve ser considerado pela polícia judiciária.


RECUPERAÇÃO DE VEICULO ROUBADO.


SEGUNDA-FEIRA - 16.02.2009 – Por volta das 11h, Policiais Militares do Destacamento Policial Militar da Cidade de Choro, comandados pelo Subtenente RICARTE encontraram abandonada no Distrito de Riacho do Meio, Zona Rural de Quixadá, uma motocicleta CG, TITAN, ano 2004, cor vermelha, placa HXP-9782. Depois de se fazer a checagem dos dados da referida motocicleta ficou evidenciado de que a mesma havia sido roubada.


LESÃO CORPORAL A BALA.


SEGUNDA-FEIRA - 16.02.2009 - Por volta das 11h, na Avenida Adília Cajazeiras, s/n, Centro da Cidade de Banabuiú, JOÃO PAULO HOLANDA MARTINS, 23 anos, mecânico, solteiro, natural de Quixadá-Ce, filho de Agenor Lima Martins e Maria Nazaré Holanda, residente na Rua Carlos Lopes, s/n, Centro de Banabuiú, foi alvejado à bala com dois disparos em seu abdômen. O autor dos disparos não foi identificado e depois de cometer o delito fugiu tomando rumo ignorado. A vítima foi socorrida para o Hospital Municipal de Banabuiú e em seguida transferida para o Hospital Municipal Eudásio Barroso, em Quixadá, onde se encontra internada. A viatura RP 1352, comandada pelo Cabo PM DUARTE compareceu ao local, e de posse de informações passaram a diligenciar no intuito de identificar e prender o acusado.


ACHADO DE CADÁVER.


SEGUNDA-FEIRA - 16.02.2009 - Por volta das 06h, informações chegadas ao Destacamento Policial Militar da Cidade de Pedra Branca davam conta de um achado de cadáver no Sítio São Félix, zona rural daquela Cidade. Policiais Militares daquele destacamento se deslocaram até aquela localidade e lá encontraram em sua residência, o corpo de FRANCISCO DE ASSIS FERREIRA DA SILVA, 64 anos, filho de Antonio Ferreira da Silva e de Antonia Ferreira da Silva, natural de Pedra Branca, agricultor, solteiro, o qual apresentava lesões na cabeça, supostamente provocadas por objeto cortante. A residência da vítima estava com todos os objetos (móveis) fora de ordem e violados, com fortes indícios de que houve luta corporal, ou ainda indícios de que alguém estivesse procurando alguma coisa. Após verificarem e constatarem verificaram o ocorrido, os PMs MAGNO e GOMES providenciaram o Rabecão do Instituto Médico Legal (I. M. L.) de Quixeramobim que fez o recolhimento do o corpo até àquele Instituto para necropsia.


ROUBO.



SEGUNDA-FEIRA - 16.02.2009 – Por volta das 18h30, na Rua da Estrela, Bairro Campo Novo em Quixadá, o individuo conhecido por “NEGUINHO”, se dirigiu até o comercio de MANOEL XAVIER EVANGELISTA, 62 anos, casado, natural de Quixadá, filho de João Macena Evangelista e Naurice Macena Evangelista, e pediu uma bandeja de ovos, após receber a mercadoria das mãos do proprietário do comércio, o acusado saiu em desabalada carreira sem pagar a mercadoria, tomando rumo ignorado. A viatura RP 1202 comandada pelo SGT PM MORAES foi ao local do fato e depois dos levantamentos, passou a diligenciar no intuito de prender o acusado, porém não obteve êxito.


ALARME DA AGÊNCIA DA CAIXA ECONÔMICA.


SEGUNDA-FEIRA - 16.02.2009 – Por volta das 20h15, a viatura RP 1202 comandada pelo SGT PM MORAIS foi acionada para se deslocar até a agência da Caixa Econômica, localizada na Rua Rui Maia com Travessa Tiradentes, a fim de verificar o disparo do alarme daquela agência bancária. Ao chegar ao local, os Policiais Militares, juntamente com o gerente JOÃO ALBERTO ALVES FRAGA e o vigilante JOÃO FERREIRA QUEIROZ FILHO, adentraram ao prédio e fizeram uma varredura no em seu interior, bem como, efetuaram buscas nas proximidades e nada foi encontrado. Em seguida foram repassadas ao gerente orientações acerca do registro em Boletim de Ocorrência, a fim de que as investigações prossigam no âmbito da Polícia Judiciária.


Quartel em Quixadá, 17 de fevereiro de 2009.

TENENTE PM SILVA

P/3 DO BPM PROVISÓRIO

Informação editadas do site
www.centraldenoticias.org.br