quarta-feira, 31 de outubro de 2007

SAYANNA MATOS RAINHA DE QUIXADÁ




Ser Rainha estudantil de um município, tem que ter beleza, simpatia, elegância e acima de tudo ser uma boa aluna, mais quando uma só jovem tem que assumir três trono em uma mesma cidade, tem que ser bonita, elegante e tudo o que pede o figurino. Ela vence o concurso rainha estudantil da Escola de Ensino Médio Coronel Virgílio Távora, não se contentando com o trono foi para a disputa com mais de 15 linda jovens rainhas de outras escolas e venceu em agosto deste ano o concurso rainha estudantil de Quixadá realizado pela Umes, mais a linda jovem sabendo que tem talento disputou no dia 27 de outubro dia do município de Quixadá o concurso rainha do município de Quixadá e o resultado foi o mesmo Sayanna Matos foi a grande vencedora, ou seja, a rainha de todos os quixadaenses.

A jovem bem simpática, recebe todo os título com muita humildade e respeito pela demais jovens que concorrem com ela, mas quem decide não é ela são os jurados.

Já se sabe que a jovem é uma forte candidata a ser uma BBB, resta espera por mais uma vitória e se depender dos quixadaenses ela já esta com as mãos no um milhão do programa.

Sayanna Matos tem 19 anos é estudante do 3º ano na Escola de Ensino Médio Coronel Virgílio Távora.

Em breve uma entrevista com ela Sayanna Matos.

sábado, 27 de outubro de 2007

Brasileiros não conhecem realidade do aborto no país, avaliam feministas


Brasília - A falta de informação é o principal motivo que leva a maioria dos brasileiros a se posicionar contra o aborto, na avaliação de integrantes de movimentos feministas que são favoráveis ao aborto no Brasil. Segundo Dulce Xavier, do movimento Católicas Pelo Direito de Decidir, as pessoas não levam em conta a dificuldade de acesso aos métodos contraceptivos e a violência sexual contra as mulheres, o que leva, muitas vezes, a uma gravidez indesejada.

"Isso faz com que as pessoas se manifestem radicalmente contra, sem analisar toda a questão que envolve a interrupção da gravidez de forma clandestina no Brasil", afirma, lembrando também que esses fatores fazem com que o índice de mortalidade materna continue alto no país.

Na avaliação da militante, que também participa da Jornada pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro, é preciso discutir a questão do ponto de vista da saúde, e não apenas como uma questão moral. "Contra o aborto todas as pessoas são. Ninguém defende o aborto como método anticoncepcional. O que o movimento de mulheres está reivindicando é que ele deixe de ser crime para justamente diminuir a sua prática".

Ela considera as declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, bastante importantes para a questão da saúde pública no Brasil por incluir o tema do aborto clandestino na questão de saúde reprodutiva. "Isso é também um reconhecimento de que as mulheres têm condição de tomar decisão sobre o seu corpo e que a sociedade precisa respeitar a decisão das mulheres".

Ela explica que a função dos católicos não é julgar as mulheres que recorrem ao aborto. "Nenhum ser humano cristão deve julgar a atitude dos outros, ao contrário, deve acolher e demonstrar a sua solidariedade com essas pessoas que estão num momento difícil da vida", afirma Xavier.

Para Sílvia Marques Dantas, integrante da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e representante do movimento de mulheres no Conselho Nacional de Saúde, as poucas informações existentes na sociedade são distorcidas. "É necessário mais informação, mais educação para que as pessoas se posicionem melhor sobre isso", alega.

Ela lembra os avanços obtidos pelo governo federal em relação ao assunto, como na elaboração de normas técnicas para os abortos já previstos em lei, com o objetivo de dar uma melhor assistência às mulheres. Apesar de considerar o posicionamento do ministro da Saúde realista, ela não concorda com a realização de um plebiscito sobre o tema, pois, segundo ela, essa é uma questão privada.

A conselheira admite que a distribuição de contraceptivos pelo governo federal ainda é feita de forma irregular, e que as mulheres ainda têm dificuldade para se prevenir. No entanto, ela acredita que, mesmo se tivessem mais acesso aos métodos preventivos, as mulheres brasileiras continuariam praticando abortos, embora em menor escala.

Analisando a realidade de outros países, Dantas prevê que, se aprovada a legalização do aborto no Brasil haveria um aumento da realização desse procedimento no início, mas logo após a incidência deveria diminuir. "Isso porque a descriminalização do aborto vem acompanhada de uma série de medidas que garantem às mulheres fazer o acesso à contracepção. Nos países em que o aborto é legalizado, existe uma legislação que presta uma melhor assistência ás mulheres e que por isso, reduz a incidência de casos de gravidez não desejada", explica.

Não há chance de discutir a legalização do aborto no Congresso Nacional, afirma deputada

O Congresso Nacional ainda não está preparado para debater a ampla legalização do aborto. Esta é a avaliação da deputada federal Luciana Genro (PSol-RS), que defende a discussão do tema com a sociedade brasileira. Ela apresentou na Câmara dos Deputados um projeto de lei que permite o aborto em casos de fetos que não desenvolveram o cérebro.

Segundo a parlamentar, essa foi uma forma de abordar a questão de forma mais amena. "Eu acredito que esse é um caso em que mesmo as pessoas que são frontalmente contrárias ao aborto podem compreender e aceitar", explica a deputada. Para Genro, a sociedade brasileira e o Congresso Nacional estão mais preparados para um pequeno passo como este do que para um gigantesco passo que seria o fim da criminalização completa do aborto.

Luciana Genro acha que é esse raciocínio que move a ação dos demais parlamentares favoráveis ao aborto. É que a maioria das propostas apresentadas pelos deputados e senadores brasileiros tratam apenas de casos específicos.

No Senado, existem apenas três matérias tramitando sobre o assunto, e todas abordam a permissão do aborto no caso de o feto se desenvolver sem cérebro ou com doença grave que o leve à morte ainda no útero.

Na Câmara, 19 propostas tratam diretamente do assunto, das quais sete são contra o aborto e pedem a revogação dos direitos já garantidos (como nos casos de estupro ou risco de morte para a mãe) ou a tipificação do aborto como crime hediondo. Nove projetos são favoráveis ao aborto em casos específicos e apenas uma propostas de lei pede a descriminalização total do aborto. O Projeto de Lei 1.135/91 está na Comissão de Seguridade Social e Família desde 1992.

Para Luciana Genro, essa realidade se impõe porque existe uma bancada extremamente conservadora dentro do Parlamento brasileiro. Segundo ela, embora o Congresso Nacional seja a caixa de ressonância da sociedade brasileira, ele também tem algumas distorções. "Isso é resultado do poder econômico, do dinheiro que compra muitos mandatos", avalia a parlamentar. "Então, efetivamente, aqui no Congresso Nacional não há chance de um projeto que defenda a legalização ampla do aborto prosperar. Não há nenhuma possibilidade", conclui.

A discriminação social é uma das principais razões apontadas por Luciana Genro para defender a legalização do aborto. Segundo ela, não é justo que as mulheres ricas recorram a clínicas especializadas enquanto as pobres tenham que realizar abortos em condições precárias, arriscando sua saúde e sua vida. "Os números mostram que o aborto é uma realidade na sociedade brasileira", afirma a parlamentar, que defende a realização de um debate sem a interferência de crenças religiosas.

Segundo ela, o estado brasileiro, por ser laico, deve priorizar o bem-estar do conjunto da população e as políticas públicas adequadas para garantir a saúde pública. "Algumas mulheres decidem ter um filho mesmo sem condições, ou diante de um estupro. Essas são decisões heróicas que devem ser aplaudidas. Mas aquelas que não conseguem levar adiante, que não tem condições emocionais ou financeiras de levar adiante essa gravidez, não devem ser penalizadas", afirma a parlamentar.

A deputada gaúcha acredita que a realização de um plebiscito sobre o tema seria a forma mais democrática de decidir a questão, mas ressalta que ele deveria ser precedido por um amplo debate onde todas as partes pudessem se expressar. Para ela, a discussão na sociedade brasileira ainda não está madura. "Justamente por isso é que precisamos fazer o debate, para que a população possa se posicionar de forma tranqüila e equilibrada sobre o assunto, sabendo que a opção pela fé religiosa é um direito de cada um, mas que isso não pode impor ao conjunto da sociedade a sua opinião", posiciona-se Luciana Genro.

Para a Parlamentar, o Brasil ainda não teve um debate tranqüilo e despido de emocionalidades radicais sobre esse assunto. Ela congratulou o ministro da Saúde pela iniciativa de abordar o assunto e disse que, pela delicadeza do tema, a decisão não pode ser imposta à sociedade. "Ninguém quer impor um conceito que não está maduro na sociedade. Abrir essa discussão é o primeiro passo e a partir disso nós vamos poder evoluir para pensar qual a melhor forma de tomar uma decisão", argumenta.


Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Programação festeja os 137 anos de Quixadá



A abertura terá uma missa de ação de graças celebrada na Catedral às 9h30min, presidida pelo bispo diocesano Ângelo Pignoli. Pela tarde, um desfile na Avenida Plácido Castelo lembrará os principais momentos históricos. “O local é próximo onde José de Barros estabeleceu as primeiras fundações da localidade que depois se tornou nosso município”, lembra o vice-prefeito Cristiano Góes. Em seguida, os participantes cantarão os parabéns para Quixadá e partilharão o bolo "Quixadá Aqui A gente é Feliz" na Praça José de Barros. A festa termina, no mesmo local, com a escolha da rainha 2007 e show com as bandas Boneca Cobiçada e Furação do Forró.

No Domingo, dia 28, o torneio de futebol em homenagem ao aniversário do município será encerrado no Estádio Abilhão. A programação continua com a inauguração da Praça do Alto São Francisco animada pelo show de Marcélio Amaro e Luís Marcelo na Quarta, dia 31, às 19 horas. Já na Quinta, 1o de novembro, a festa será no bairro Campo Novo com inauguração da Escola Modelo. O distrito de Juatama comemora os 137 anos de Quixadá no Sábado, dia 3 de novembro, com inauguração da pavimentação de ruas. O encerramento das festividades será no Domingo, 4 de novembro, às 8 da manhã.

A chefe de gabinete Lígia Maria explica que a programação é voltada para envolver toda a população: “Todas as famílias devem participar ativamente das comemorações”. O prefeito Ilário Marques considera a data importante porque Quixadá está vivendo um ciclo de prosperidade com distribuição de renda. “Nosso município se tornou uma referência em turismo no sertão central e nos esportes radicais e uma cidade universitária com estudantes das mais diferentes cidades do Ceará. Temos ainda um desenvolvimento intenso na construção civil e no setor de comércios e serviços. Nossa gestão ainda está promovendo a inclusão social com programas de construção de casa populares, micro-crédito, extensão agrícola, educação e atendimento de saúde”, avalia ele.

sábado, 20 de outubro de 2007

GRÊMIOS ESTUDANTIS NAS ESCOLAS



A convites dos estudantes da Escola de Ensino Fundamental Padre Vicente de Albuquerque, escola que faz parte do Distrito Educacional Campo Velho, a diretoria da UMES sendo representada pelo presidente Jackson Perigoso, Secretaria de Cultura Camila França, pelo Secretario de Mobilização Pedro Henrique e pelo Secretario de Comunicação David Lemos e juntamente com o jovem e professor Vitor Marques, os mesmos palestraram para 30 estudantes da 5ª a 8ª tendo como base a formação do Grêmio Estudantil naquela escola, Marques falou sobre políticas públicas e protagonismos juvenil, para Vitor Marques a escola é o espaço mais propicio para a formação cidadã cita que “ou a juventude inventa ou continuaram errando”

O presidente Jackson Perigoso, ressaltou a importância de um grêmio estudantil explicou os procedimento para a criação, deixando a UMES de inteira disposição para contribuir para a criação do grêmio naquela escola.

Em seguida a Secretaria de Cultura Camila França, fez um breve comentário sobre a mudança da sua vida depois que entrou no movimento estudantil para ela a mudança foi mais que positivo.

Em seguida foi aberto um ciclo de debate e perguntas tendo uma grande participação por parte dos estudantes, o estudantes da 7º série Luciano, já se posicionou para formar uma chapa e será presidente AAdela.

O encontro contou também com a participação do vice presidente do Grêmio Estudantil da Escola Raimundo Marques (modelo), Grêmio Estudantil da escola César Cals, e Abraão Baquit.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

37º CONGRESSO DA UBES EM GOIÂNIA



A cidade de Goiânia foi escolhida para sediar o 37º Congresso da UBES, que ocorre entre os dias 6 e 9 de dezembro. Lá, vamos debater e aprovar tudo que a nossa entidade vai fazer nos próximos dois anos, além de elegermos a nova diretoria. Antes disso, todos os estados realizarão suas Etapas Estaduais, debatendo também a realidade da educação em cada estado.
No boletim de hoje, apontamos algumas das importantes realizações desta gestão da UBES, que se encerra no Congresso.
SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM,
UMA GESTÃO PRA FICAR PRA HISTÓRIA!!!
Nesse congresso terminam os dois anos da gestão "Saudações a Quem Tem Coragem!". Durante esse tempo, a UBES não parou um minuto, em todas as grandes questões educacionais e políticas do Brasil ela esteve presente, levando a opinião dos estudantes secundaristas.
Como de costume, ela não fugiu dos grandes debates nacionais. Nas eleições presidenciais, manteve sua independência política e elaborou o projeto UBES Brasil, uma plataforma estudantil pra melhorar a educação e o nosso país que foi assinada por todos os candidatos a presidente da república, menos Geraldo Alckmin, (pois não podia não podia se comprometer, já que seu plano é outro) e que por isso ganhou de presente uma campanha nacional assinada por diretores da UBES chamada “Alckmin Não”.
A UBES investiu pesado também na conscientização da juventude brasileira. Sabendo que só através da política podemos mudar as coisas, a UBES organizou a campanha pelo voto as 16, incentivando os jovens que ainda não são obrigados a votar a se inscreverem e dar sua opinião nas urnas. Isso sem falar que quando a MTV começou a fazer uma campanha incentivando o voto nulo como se fosse protesto contra a corrupção, a UBES enfrentou sozinha esse grande meio de comunicação, dizendo que os caras que querem que as coisas fiquem como já tinham candidato que ia contra os interesses da juventude! A opinião da UBES foi tão forte e influenciou tanta gente que acabou obrigando a MTV a mudar sua campanha!
Quando Bush teve a cara de pau de vir ao Brasil, adivinha quem foi a entidade que mais levou gente pras ruas denunciar os crimes desse assassino em escala mundial? A UBES!
Mas não parou por aí! Resultado de muita pressão dos estudantes. Algumas antigas lutas foram finalmente conquistadas no Brasil, como a aprovação do FUNDEB, o fundo de recursos que aumentou em cerca de 3 bilhões de reais por ano os recursos federais para a educação básica. Vibramos com ampliação do ensino fundamental para nove anos, seguindo a maioria dos países, com fim da separação do ensino profissional do ensino médio nas escolas técnicas (uma herança do governo de Fernando Henrique Cardoso para acabar com a educação profissional de qualidade), e também foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados a Reserva de Vagas em universidades públicas para alunos de escolas públicas, que vai mudar a cara da universidade, permitindo que não só quem faz os famosos cursinhos consiga passar no vestibular.
Mas com certeza, a marca principal dessa gestão foi não dar trégua para os grandes donos de empresas de transporte. De norte a sul do Brasil os estudantes denunciaram que os grandes esquemas de monopólio dessas empresas geram lucros absurdos, enquanto boa parte dos estudantes abandona a escola por não ter como chegar nela.
E aí rolou todo tipo de luta: pelo passe livre, pelo meio passe aonde ainda nem isso existe, contra os aumentos e pela redução da tarifa. Foram tantas passeatas que pipocaram no Brasil todo, que eles não foram capazes de nos ignorar. A UBES lançou o Dia Nacional de Lutas pelo Passe Livre durante dois anos seguidos, onde mais de 50 cidades foram às ruas, totalizando cerca de 200 mil estudantes parando o Brasil no dia 22 de março.
Em Salvador, os estudantes ocuparam as ruas várias vezes contra o aumento da passagem, no Rio de Janeiro a luta pela manutenção do passe livre fez ferver a cidade maravilhosa, sobre o lema “Inconstitucional é a Evasão escolar”, em São Paulo, a UBES tava na linha de frente do famoso Levante do Busão, quando os paulistanos, liderados pelos estudantes brigaram contra mais um aumento acima da inflação nas passagens da maior cidade do país.
Foram tantas as passeatas em todo o Brasil, que para organizá-las melhor a UBES fez uma grande Caravana Nacional pelo Passe Estudantil, que percorreu as regiões do país, levando a mensagem de que garantir o transporte aos estudantes faz parte das obrigações do estado com a educação pública e de qualidade.
No movimento estudantil, a UBES deu grandes passos. Após um grande congresso que reuniu representantes de um terço das escolas do país, a gestão não podia deixar a peteca cair. Esse foi um período marcado pela democracia interna, mantendo reuniões permanentes da executiva e da diretoria onde discutiu-se as várias campanhas e atividades e são apresentadas e aprovadas as prestações de como estão sendo gastos os recursos da entidade.
Transformando o site estudantenet em um portal do movimento estudantil, a UBES elevou o nível da sua comunicação com os estudantes e hoje é a página mais visitada dos movimentos sociais brasileiros, triplicando o seu número de acessos mensal. Na defesa da meia - entrada e contra os picaretas que acham que carteira de estudante é um bom meio de ganhar a vida, a UBES se uniu a artistas, produtores culturais, personalidades e parlamentares num grande abaixo assinado exigindo o nosso direito por inteiro.
Foi importante o Espaço UBES durante a Bienal de Cultura da UNE, que mostrou para o público presente a cultura secundarista. E foi no final dessa grande atividade que os estudantes em uma passeata ocuparam novamente o terreno onde funcionava a sede histórica da UBES e da UNE na Praia do Flamengo 132, e que durante a ditadura foi invadida, incendiada e depois derrubada. Lá, com um projeto de Oscar Niemeyer vai ser construída a nova sede das entidades estudantis do Brasil.
Apesar de tanta coisa pra fazer a UBES não deixou de participar de todos os espaços de elaboração sobre a educação, organização social e solidariedade, como as edições do Fórum Social Brasileiro e do Fórum Social Mundial, as Reuniões Anuais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, o Seminário Nacional da Juventude, o Fórum Mundial da Educação o Encontro de Sociologia e Filosofia, as atividades da Coordenação dos Movimentos Sociais, e outros tantos que nem caberiam aqui neste texto.
E essa foi também a gestão da reorganização do movimento estudantil. Foram as reconstruções de entidades históricas como AMES do Rio de Janeiro, a UCES de Campinas, UMES de Belo Horizonte e a UMESC de Curitiba, e dezenas de outras no processo do 10° Conselho Nacional de Entidades Gerais - CONEG, que foi grande, demonstrando que o Movimento Estudantil, não morreu (como querem alguns) e sim continua forte e atuante no Brasil todo!
Mas nem tudo que quisemos, conseguimos fazer. E muitas batalhas que começamos precisam ser continuadas para conquistarmos nossos objetivos. A próxima gestão que iniciará suas atividades perto dos 60 anos da UBES, começará com o desafio de organizar o próximo Encontro Nacional de Escolas Técnicas - ENET, que está marcado pro começo do ano que vem. O ENET precisa ser o carro chefe do grande debate educacional que a próxima gestão vai ter que fazer e que não pode acabar nele: é preciso manter a organização dos Seminários de Educação da UBES, pra gente poder ter claro o que melhora e o que piora com a implantação do Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE, proposto pelo Ministério da Educação e com os vários planos que permanentemente são apresentados pelos governos estaduais e pelas prefeituras. A próxima gestão vai ter a histórica tarefa de reconstruir o Prédio Sede das Entidades Estudantis no Rio de Janeiro e enterrar (mas nunca esquecer) o período negro que foi a ditadura militar no Brasil.
Nos últimos dois anos os estudantes brasileiros pressionaram muito para que aconteça uma verdadeira mudança de rumos no Brasil, mas a realidade que vivemos traz grandes e novos desafios. Precisamos fazer mais luta, unir ainda mais o movimento, falar para mais e mais estudantes e ampliar nosso nível de elaboração e organização. Só assim a UBES continuará sendo o principal canal de participação dos estudantes.
Acesse www.prarua.com.br

sábado, 13 de outubro de 2007

UMES PARTICIPA DE CAMINHADA PELA PAZ EM QUIXADÁ



Dias das crianças em Quixadá foi marcado por muitas brincadeiras realizada pela prefeitura Municipal de Quixadá, no mesmo dia pela manhã a diretoria da UMES se reuniu e decidiu participar da caminhada pela paz juntamente com as dezena de crianças que participaram.
Deu inicio as 17h com saída da praça da Catedral e circulando pela Avenida Plácido Castelo, a banda de música faz a animação da galerinha. Marcou presença a Secretaria de educação Edi Leal, o Vice Prefeito Cristiano Goés e o presidente da Câmara Municipal Vereador Airton Buriti, além do Presidente da Umes Jackson Perigoso e do Vice e Presidente do Grêmio estudantil do Colégio Estadual Cristiano Lopes.
Aproximadamente 200 pessoas participaram do simbólico ato pela paz, em seguida a festa da criançada foi realizada na Praça José de Barros, foi disponibilizado 15 brinquedos na Praça para os presentes.
Esteve também no evento o Prefeito de Quixadá Ilário Marques e a primeira dama e deputada Rachel Marques.

DIÁRIO DO NORDESTE PUBLICOU: Documento tem uso restrito


CARTEIRA DE ESTUDANTE (9/10/2007)
Quixadá. O documento estudantil, que um dia assegurou vantagens para centenas de alunos da região Central do Estado, se transformou num simples cartão de bolso, de aborrecimentos e decepções. A restrita validade para acesso aos espetáculos culturais e esportivos, com redução de 50% do valor do ingresso como sua maior vantagem, não desperta mais o interesse da maioria em adquirir o passaporte escolar. Se sentem desamparados em outro direito que para eles é uma crucial necessidade: a meia passagem na locomoção em transportes coletivos, principalmente no âmbito intermunicipal.

Nas entidades de ensino superior da região, que somadas contam com mais de 2,5 mil estudantes em curso regular, aproximadamente 70% dos universitários têm domicílio fora das áreas de estudo. Alguns percorrem mais de 400km para chegarem à sala de aula. Passam a semana na cidade. Mas no fim da semana, a saudade da família aumenta. Não resistem e voltam para casa. Alguns formam grupos e dividem as despesas do combustível em transportes particulares. Não pesa no bolso. Todavia, quem não encontra essa facilidade tem que amargar despesas que vão além do orçamento. Sem redução da passagem, o jeito é reduzir o número de viagens.

O acadêmico da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc), Marcos Bonfim, já ouviu falar da lei que assegura o direito à meia passagem em todo o Ceará. Também ouviu no balcão da companhia de ônibus, em Quixadá, que a lei não está em vigor. A frustração aumentou quando soube que a Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza (Etufor) não emite mais as cédulas estudantis para as instituições de ensino do Interior cearense.

A mesma sensação sente o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Jackson Perigoso. Ele lembra que um dia o documento estudantil foi símbolo de orgulho para muitos colegas. Quando havia coletivos circulando regularmente na cidade podiam economizar metade da passagem. Mas o serviço foi desativado por conta da construção de escolas nos bairros — não havia mais necessidade dos alunos se deslocarem da periferia até o Centro da cidade — e da concorrência clandestina de veículos de aluguel. Os donos dos coletivos perderam. Os estudantes muito mais.

Mas estudante que se preza tem coração guerreiro, via à luta. Foi justamente isso que o representante classista fez. Ele reuniu a turma e juntos fundaram a Umes. Com a criação da entidade em Quixadá, há dois anos, o movimento se fortaleceu. Conquistaram novamente a meia entrada, nos clubes e boates da cidade. Passaram a contar com a lei municipal 2.283, sancionada aos 15 de março deste ano pelo prefeito Ilário Marques, e o apoio do Ministério Público. O promotor de justiça, Nelson Gesteira, advertiu os organizadores dos eventos que o não cumprimento da lei acarretaria ônus legais para eles. Cederam na condição dos estudantes adquirirem os ingressos antecipadamente.

A expectativa dos estudantes é de que mais colegas exijam o cumprimento da legislação.

Sobre o cumprimento do decreto que concede abatimento de 50% nas passagens dos transportes coletivos aos estudantes dos municípios que compõem as macrorregiões do Ceará, a presidente da Comissão Gestora da Meia Passagem Estudantil (Cogempe), advogada Vilanir Pinheiro Falcão, representante da Secretaria Estadual de Infra-Estrutura, informou que apenas duas entidades de ensino do Interior enviaram a lista de alunos para cadastramento no banco de dados do Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do Ceará (Dert). Por meio dessa lista é que as entidades credenciadas poderão emitir as identidades estudantis. Por esse motivo, secundaristas e universitários ainda não podem usufruir do benefício.

ENQUETE

Alunos cobram direito à cidadania

Cristiano Lopes
21 anos
Estudante

"Como exigir dos jovens, estudantes, que cumpram seus deveres se lhes negam seus direitos ?".

Francisca Suzana Nascimento
17 anos
Estudante

"Estou concluindo o Ensino Médio e completando maioridade. Espero que até lá resolvam esses problema".

Francisca Naiara Lima
18 anos
Estudante

"Essa injustiça que estão fazendo conosco, estudantes do Interior, não há dinheiro no mundo que pague".

Jackson Perigoso
20 anos
Estudante

"A união e a perseverança são capazes de superar muitos obstáculos. Precisamos lutar pelos nossos direitos".


ALEX PIMENTEL
Colaborador

O DIÁRIO ESQUERCEU DE DIZER QUE SOMOS A ÚNICA CIDADE QUE TEM MEIA ANTECIPADA GARANTIDO POR LEI, COM RELAÇÃO AO USO NOSSA CIDADE NÃO TEM CINEMA, TEATRO PARQUE DE DIVERSÃO POR TANTO TEMOS QUE USAR PARA SHOWS MÚICAS NA CIDADE.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

DIÁRIOS DE MOTOCICLETA, UM POUCO DA VIDA DE CHE



Na segunda-feira a UMES e o Grêmio Estudantil da Escola Cel. Virgilio Távora passou para os estudantes o Filme Diários de Motocicleta, o presidente da Umes, contou um pouco da vida de Che sendo em seguida debatido pelos estudantes.

Há 40 anos, no dia 09 de Outubro de 1967, uma rajada de balas assassinava Che Guevara. Num casebre de chão batido na Bolívia, o sargento Mário Terán, vistoriado pelo agente cubano-americano da CIA, Félix Rodrigues, executou um rapaz de 39 anos - magro, sujo e ferido. Mesmo com a perna trespassada por uma bala, sem água e sem comida, Che foi vigiado, cercado e interrogado por mais de 70 soldados.

Mais do que nunca, Che Guevara, entretanto continua vivo no coração, na mente e na esperança de todos os povos – em especial da juventude. Morre-se de emoção nas ruas, nas famílias, nos bares, nas praças, nos estádios e tudo de repente se transforma numa só vontade, num só desejo, numa só exaltação: a memória de Che nas camisetas, nas bandeiras dos clubes, nos botons, nas faixas, nos quadros.

Che se foi. Mas ficou o desejo coletivo de vê-lo vencendo os outros, afirmando-se, e os corações batendo o ritmo da do seu sorriso. O céu da esperança parece vestido com a fumaça do seu charuto inseparável. Nas manifestações mais simples de confiança na vitória se revelam no gesto e no gosto de vestir, do cantar, do comemorar.

Somos um mundo de contradições. E graças a Deus os modismos passam. O que fica, como definitivo e eterno, é a verdade de que esse sentimento de amor a esperança não morre nunca. Che, mesmo depois de executado, se espalha no mundo todo. Não é modismo criado pela mídia – ao contrário – a mídia oficial o teme mais do que nunca. Che é definitivo, eterno. Ainda é o ídolo que incendeia todas as mentes, inclusive no despertar de um comportamento contestador em que se inovava a ternura.

Um mundo assim, com Che Guevara, não é um mundo medíocre. Ele tem um grande destino e vai cumpri-lo. Setenta soldados vigiam, interrogam e executam um moço ferido de bala. Mas não há no mundo vigias suficientes para prender uma idéia.
Guevara continua sorrindo, parece que sabe da sua vitória sobre os criminosos que o cercaram. Mas é um sorriso cordial, irreverente consigo mesmo. E passa da paixão mais exaltada para a esperança mais comprometida e necessária.

Queriam um Che fuzilado. Mas ele sobreviveu aos mosquitos, aos homens da CIA que vasculharam o continente à sua caça. Sobreviveu até mesmo à rajada de balas, talvez seja porque seu espírito inquieto resistisse ao imobilismo e não lhe permitia morrer. Da mesma forma como ele resistiu a participar de um mundo sem esperança, sem cuidado com as pessoas - Che era médico. Guevara é o oposto do cinismo, da covardia, da perseguição e da culpa. Quase oitentão, ainda mantém a aura romântica do herói – uma aura que já aparecia em seus relatos de juventude.

Guevara soube resistir e vencer, talvez pela ternura consigo mesmo, talvez pela emoção. Em tudo o Brasil é um país de ternura e emoção - não é frio, ele sabe contorcer-se todo nas alegrias e nas tristezas. No fundo, é o nosso feitio de amor ao país. Quarenta anos depois, comemoramos, no Brasil, em Cuba, na Venezuela, na Argentina, no mundo todo e até mesmo na Bolívia, a vitória de Che Guevara. Por aqui, comemoramos de um jeito bem brasileiro: sofrendo na angústia de chegar a nossa hora. Vai chegar.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

TV GLOBO AMARGA UM DESGASTE HISTÓRICO


A TV Globo amarga um desgaste histórico. Nenhum executivo da emissora chega a temer pela não-renovação das cinco concessões que expiram nesta sexta-feira (5). Mas nem essa convicção atenua a crise de uma Globo que: 1) perde audiência sem parar; 2) é cada vez mais contestada por movimentos da sociedade civil; e 3) já não ostenta tanto poder e credibilidade diante da opinião pública.

Não dá para dizer que, em curto prazo, a hegemonia da família Marinho na televisão brasileira esteja sob risco. Até a Record - que desbancou o SBT do posto de principal concorrente da Globo - assume que precisa de pelo menos cinco anos para alcançar a liderança de audiência. Ainda assim, dia após dia, estatística a estatística, a Globo decai.

Essa constatação fica explícita na Grande São Paulo - área mais disputada pelas emissoras, onde cada ponto abrange 55 mil domicílios. A TV Globo encerrou o mês de setembro com vantagem de 11 pontos sobre a Record (18 x sete). Em relação a setembro de 2006, esses números revelam que audiência global despencou 11,8%, enquanto a Record ganhou 50,2%.

A guerra entre os dois canais se acirrou com a inauguração da Record News, na última semana, em cerimônia realizada em São Paulo. Visivelmente preocupada, a Globo apelou para o governo federal na tentativa de impedir a estréia da emissora de notícias. Evandro Guimarães, vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações Globo, teve audiência com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e com outras autoridades ligadas ao Palácio do Planalto. Sua missão era impedir que a Record News entrasse no ar devido a "ilegalidades". Fracassou.

O vexame maior se deu no dia da cerimônia da inauguração. Segundo informou Paulo Henrique Amorim no site Conversa Afiada, "a Globo fez uma pressão violentíssima, de última hora, sobre o Palácio do Planalto, para impedir que o Presidente Lula fosse à festa de lançamento da Record". As armas da Globo: "detalhes técnicos minuciosos, que continha o argumento de que a lei impede uma rede de ter dois canais na mesma área".


Como se viu horas depois, o ataque final foi infrutífero, e o presidente da República inaugurou a emissora. As "pressões de bastidores" perderam o peso que tinham nos tempos em que a Globo era capaz de arquitetar resultados eleitorais e guiar ações do Congresso.

Programas em baixa

São visíveis os sinais de que o público depende menos da Globo para se informar e se distrair. A debandada atinge novelas (carro-chefe da audiência global), futebol (sobretudo seleção brasileira), seriados, atrações semanais (como Linha Direta, Fantástico e Esporte Espetacular) e a programação da manhã.

Do primeiro ao último capítulo, Paraíso Tropical - que foi ao ar até sábado (29/9) - teve média geral de 42,8 pontos. Entre as "novelas da 8" que a emissora exibiu nesta década, trata-se do segundo pior desempenho - o típico "fiasco de público". Não atingiu a meta mínima de 45 pontos, estipulada pela Globo. Mais inferior ainda foi a sucessora, Duas Caras, que teve a pior estréia da década, com 40,3 pontos no primeiro capítulo - e caiu mais quatro pontos no capítulo seguinte.


"A comparação das audiências regionais da Globo evidencia que a novela da oito, líder na média nacional e nas principais capitais, não é uma unanimidade", explicou Daniel Castro na Folha de S.Paulo. Segundo o jornalista, Paraíso Tropical teve "rejeição nas cidades do interior" - situação com que poucas vezes a Globo teve de lidar.

Malhação é outro exemplo de programa global em queda livre. Na média, foram 32 pontos em 2004, 31 em 2005, 29 em 2006 e apenas 25 em 2007 (janeiro a setembro). O despencar da atração levou a Globo a antecipar o final da temporada de janeiro para novembro.


Também o Fantástico, líder de audiência aos domingos, decresce programa a programa - já caiu cinco pontos de agosto a setembro. O cenário mudou. Reportagens "especiais" foram feitas na reta final da novela das 8. Nada resolveu. "Deve haver uma soma de fatores influenciando esse relativo desinteresse do público", escreveu a crítica de TV Bia Abramo. "Mas será que para isso também não concorre simplesmente um envelhecimento fatal da fórmula?"

E aí está o segredo da TV Record. A emissora do bispo Edir Macedo chupa o "padrão Globo de qualidade", seja no jornalismo, seja na teledramaturgia. Mas tempera isso com ousadia e ritmo próprios, aproximando-se do interesse dos jovens espectadores.

A reação

Uma verdade: a Globo, no cômputo geral, ainda tem mais público que a soma de Record e SBT. A diferença, no entanto, vai diminuindo. Em 2000, metade dos espectadores sintonizava a Globo. Atualmente, sua audiência não passa de 43% - e a emissora já começa a correr para reverter o declínio.

No começo de setembro, mandou a anunciantes um documento de 14 páginas exclamando uma "destacada liderança em todo o Brasil". Segundo Daniel Castro, a iniciativa foi interpretada no mercado "como uma demonstração da Globo de preocupação com o marketing e com o crescimento de audiência e comercial da Record".


Uma semana depois, o 7º Encontro Globo de Criação não se restringiu a seu tema habitual - o estudo de programas novos para especiais de fim de ano. O principal ponto em debate foi justamente a audiência perdida para outras emissoras, outras mídias e até para a apatia do espectador.


A disputa pelo público matutino é a prova maior do desprestígio da Globo, ameaçada pelos desenhos do SBT e pelo interessante programa Hoje em Dia, da Record. A emissora carioca já patinou várias vezes num terceiro lugar no período da manhã, expondo a decadência de estrelas como Ana Maria Braga e Xuxa.


Quem dera fosse só de manhã. Na noite de 12 de junho deste ano, a Globo estreou a esperada microssérie A Pedra do Reino - uma das apostas da emissora, e um sucesso de crítica. Ficou novamente atrás da Record (22 pontos com O Aprendiz) e do SBT (16 com o filme Lara Croft - A Origem da Vida). A microssérie registrou 14 pontos.

Sob ataques

O desgaste da maior emissora do país se reflete no Congresso Nacional e nos movimentos sociais. Lá como cá, as manifestações e os discursos anti-Globo se multiplicam. Em defesa do canal, pode-se dizer que houve protestos contra outros veículos, como o ato do Movimento Sem-Mídia à frente da Folha de S.Paulo e da UJS (União da Juventude Socialista) diante da Editora Abril. A Globo, ainda, assim, "lidera" o ranking da indignação.

Em 19 de setembro, o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) foi à tribuna da Câmara e, de forma irônica, propôs a criação do Partido da Imprensa - com Arnaldo Jabor de presidente, Miriam Leitão como secretária-geral e Diogo Mainardi na tesouraria. O mesmo parlamentar voltou ao plenário neste mês de outubro e acusou o diretor-executivo da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, de "falsificador" de informações.


As queixas generalizadas contra a emissora da família Marinho culminam, nesta sexta-feira, em manifestações lideradas pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) - A Jornada Nacional de Lutas pela Democratização dos Meios de Comunicação. Com eventos marcados em 15 capitais, entidades como CUT, UNE e MST exigirão mais rigor e controle público na renovação de concessões de rádio e TV.

São as grandes redes - Globo à frente - que estão no centro da contestação. Uma manifestação cultural chamada Globo Mente tomará o Rio de Janeiro. No Recôncavo Baiano e no Recife, comunidades quilombolas sairão às ruas para denunciar as difamações promovidas pela emissora. Os quilombolas da Bahia incentivarão o povo a não ver a programação da Globo durante o dia.


É difícil que as cinco afiliadas globais percam sua licença. Um decreto de 1963 permite a renovação automática das concessões enquanto o Congresso não aprecia a questão. Mesmo que o caso chegue lá, dois quintos do Congresso Nacional precisam aprovar a não-renovação em votação nominal. Mas, legislação à parte, a confiabilidade da TV Globo nunca esteve tão à prova.