
Com esse espírito, os estudantes do GVA arrecadaram mais de 500 quilos de comestíveis e dezenas de peças de roupas na semana passada. Ao receber as doações, o pároco de Choró, Adalberto de Lima, se sensibilizou com a solidariedade dos jovens. Chorou e agradeceu. Partiu na certeza de que o sofrimento de muitas famílias diminuirá com o nobre gesto.
Enquanto o Governo do Estado não decreta estado de emergência no município, com o auxílio de centenas de doadores e voluntários, ampara os mais necessitados.
A viúva aposentada Maria Luiza Silva, 92 anos, é uma das necessitadas. Ela viu a casa, a plantação, a colheita e as 12 cabeças de gado, todo o seu patrimônio, ser levado pela enxurrada em 19 de abril, no distrito de Caiçarinha, zona rural de Choró. Abrigada numa escola da cidade, aguarda somente o sol secar a terra para retornar. Está decidida a recompor os hábitos diários. “A chuva passa. Toda chuva passa. A fé, a esperança e o auxílio de pessoas de coração fortalecem a gente a continuar a vida”, afirma decidida.
Ao saber da campanha promovida em parceria com os radialistas, a diretora do GVA disponibilizou o espaço escolar para as doações. A mobilização deve continuar entre os estudantes. Alguns pretendem até participar da maratona de forró. Se depender deles, nenhum cearense passará fome por causa das chuvas. Sugerem que além de arroz e feijão as pessoas doem agasalhos e roupas. Muitos escaparam das águas somente com a roupa do corpo. Veêm todos os dias nos jornais e na televisão a dimensão do sofrimento que aumenta com as chuvas.
Nas salas de aula, professores e alunos ensaiam um dos mais belos e realistas hinos do povo nordestino: Oh! Deus, perdoe este pobre coitado / Que de joelhos rezou um bocado / Pedindo pra chuva cair sem parar / Oh! Deus, será que o senhor se zangou / E só por isso o sol se arretirou / Fazendo cair toda chuva que há...
Alex Pimentel
Colaborador
Diário do Nordeste
Manchete: Diário Central
Enquanto o Governo do Estado não decreta estado de emergência no município, com o auxílio de centenas de doadores e voluntários, ampara os mais necessitados.
A viúva aposentada Maria Luiza Silva, 92 anos, é uma das necessitadas. Ela viu a casa, a plantação, a colheita e as 12 cabeças de gado, todo o seu patrimônio, ser levado pela enxurrada em 19 de abril, no distrito de Caiçarinha, zona rural de Choró. Abrigada numa escola da cidade, aguarda somente o sol secar a terra para retornar. Está decidida a recompor os hábitos diários. “A chuva passa. Toda chuva passa. A fé, a esperança e o auxílio de pessoas de coração fortalecem a gente a continuar a vida”, afirma decidida.
Ao saber da campanha promovida em parceria com os radialistas, a diretora do GVA disponibilizou o espaço escolar para as doações. A mobilização deve continuar entre os estudantes. Alguns pretendem até participar da maratona de forró. Se depender deles, nenhum cearense passará fome por causa das chuvas. Sugerem que além de arroz e feijão as pessoas doem agasalhos e roupas. Muitos escaparam das águas somente com a roupa do corpo. Veêm todos os dias nos jornais e na televisão a dimensão do sofrimento que aumenta com as chuvas.
Nas salas de aula, professores e alunos ensaiam um dos mais belos e realistas hinos do povo nordestino: Oh! Deus, perdoe este pobre coitado / Que de joelhos rezou um bocado / Pedindo pra chuva cair sem parar / Oh! Deus, será que o senhor se zangou / E só por isso o sol se arretirou / Fazendo cair toda chuva que há...
Alex Pimentel
Colaborador
Diário do Nordeste
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