Dificuldades de tráfego e risco de acidentes por causa das chuvas provocam mudanças no calendário escolar
Pelo menos 20 mil estudantes do Ensino Fundamental do Sertão Central estão deixando de ir às aulas por conta das chuvas. Embora os transtornos causados nessas cidades sejam bem menores que as inundações no Vale do Jaguaribe e na região Norte do Estado, a maioria das estradas de acesso à zona rural desses municípios estão em péssimas condições. Somente veículos grandes e com tração conseguem se livrar dos atoleiros. Números da Secretaria de Educação do Estado apontam que, no Ensino Médio, o número de estudantes sem aulas em decorrência das chuvas sobe para cerca de 60 mil. Desse total, 12.033 são da zona Norte e 8.742 estão no Sertão Central. 93 escolas da rede estadual estão com as aulas paralisadas neste período.
Os gestores públicos se preocupam com a segurança dos estudantes, principalmente as crianças. A secretária de Educação de Choró, Maria do Nascimento Cabral, teme acidentes com os transportes escolares. Em alguns trechos, além das poças, os veículos derrapam nos massapés. Há riscos de capotagem. Quando cruzam as barragens de pequenos açudes, o perigo aumenta. “Nossos alunos deverão retornar às salas no início de junho, caso o tempo melhore”, disse ela.
A 12ª Célula Regional de Educação (Crede 12) aderiu à alteração do calendário escolar em Choró. Conforme a supervisora do Núcleo de Desenvolvimento Escolar, Fátima Pimentel, as férias escolares do primeiro semestre para os alunos do Ensino Médio realmente foram antecipadas nesse município. Mas nas cidades de Banabuiú, Ibaretama, Ibicuitinga, Madalena e Quixeramobim, a paralisação das aulas é parcial. Deve se estender pelos próximos 15 dias.
Essa é a expectativa da secretária de Educação de Quixeramobim, Socorro Pinheiro. As aulas serão recuperadas em julho e dezembro. Apesar da Prefeitura já ter iniciado a restauração de algumas estradas, se as chuvas continuarem, a alternativa será decretar a antecipação das férias na rede municipal. Embora a situação de tráfego melhore, cerca de 70% dos pais preferem não mandar os filhos para a escola. Além do medo de acidentes, eles se preocupam também com doenças como resfriados.
Situação mais crítica enfrenta o distrito de Piranji, em Ibaretama. As aulas foram interrompidas por conta da elevação das águas do rio que corta e dá nome à localidade.
Enquanto as águas não baixarem, cerca de 400 alunos do Ensino Fundamental não poderão retornar à sala de aula. A Escola José Augusto de Queiroz ficou parcialmente submersa. Tempo apenas para empilhar as cadeiras e salvar parte do acervo da biblioteca. A diretora da unidade escolar, professora Luiza Ferreira, só vai autorizar o retorno dos alunos após minuciosa inspeção no prédio. O teto de uma oficina ao lado desabou.
Férias antecipadas
A Secretaria de Educação de Paramoti foi obrigada a antecipar parte das férias escolares por causa das chuvas. A quadra invernosa deste ano tem dificultado, principalmente nas últimas semanas, o tráfego nas estradas de boa parte das comunidades rurais, em consequência das enchentes de rios e riachos que cortam o município. Por conta disso, a Secretaria levou a antecipação para todas as escolas municipais. As férias, iniciadas na última segunda-feira, prosseguem até 25 de maio. O reinício das aulas está marcado para o próximo dia 26.
A decisão objetiva garantir a segurança de estudantes e professores, além de fazer com que nenhuma das crianças do município tenha o aprendizado comprometido neste ano.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Socorro Mariz, a carga horária de aulas não será prejudicada e, portanto, os pais devem ficar tranquilos quanto ao rendimento escolar dos alunos, bem como a manutenção do Programa Bolsa Família.
“Nossa maior preocupação é com a aprendizagem dos estudantes e, por isso, assim que as chuvas cessarem, iniciaremos um projeto que intensificará as ações pedagógicas nas escolas”, assegura a secretária.
Recesso ampliado
As escolas públicas do município de Ipueiras também foram afetadas pelas chuvas registradas na região. As unidades foram obrigadas a paralisarem temporariamente as atividades. Cerca de 11 mil alunos da rede pública municipal e mais de 2.400 da rede estadual foram afetados. O prefeito deste município, Nenem do Cazuza, já havia decretado recesso de 4 a 11 de maio, mas, como as chuvas não pararam, resolveu prolongar a suspensão das aulas até o próximo dia 22. As estradas que dão acesso às escolas estão, na maioria, cortadas e outras com difícil tráfego. Neste município, já choveu mais de 1.400 mm, segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) — a média anual pluviométrica é de 700 milímetros.
Mais informações:
12ª Célula Regional de Educação, Quixadá, (88) 3445.1038
Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Paramoti
(85) 3320.1113
Fonte: ALEX PIMENTEL
Colaborador
Diário do Nordeste
Pelo menos 20 mil estudantes do Ensino Fundamental do Sertão Central estão deixando de ir às aulas por conta das chuvas. Embora os transtornos causados nessas cidades sejam bem menores que as inundações no Vale do Jaguaribe e na região Norte do Estado, a maioria das estradas de acesso à zona rural desses municípios estão em péssimas condições. Somente veículos grandes e com tração conseguem se livrar dos atoleiros. Números da Secretaria de Educação do Estado apontam que, no Ensino Médio, o número de estudantes sem aulas em decorrência das chuvas sobe para cerca de 60 mil. Desse total, 12.033 são da zona Norte e 8.742 estão no Sertão Central. 93 escolas da rede estadual estão com as aulas paralisadas neste período.
Os gestores públicos se preocupam com a segurança dos estudantes, principalmente as crianças. A secretária de Educação de Choró, Maria do Nascimento Cabral, teme acidentes com os transportes escolares. Em alguns trechos, além das poças, os veículos derrapam nos massapés. Há riscos de capotagem. Quando cruzam as barragens de pequenos açudes, o perigo aumenta. “Nossos alunos deverão retornar às salas no início de junho, caso o tempo melhore”, disse ela.
A 12ª Célula Regional de Educação (Crede 12) aderiu à alteração do calendário escolar em Choró. Conforme a supervisora do Núcleo de Desenvolvimento Escolar, Fátima Pimentel, as férias escolares do primeiro semestre para os alunos do Ensino Médio realmente foram antecipadas nesse município. Mas nas cidades de Banabuiú, Ibaretama, Ibicuitinga, Madalena e Quixeramobim, a paralisação das aulas é parcial. Deve se estender pelos próximos 15 dias.
Essa é a expectativa da secretária de Educação de Quixeramobim, Socorro Pinheiro. As aulas serão recuperadas em julho e dezembro. Apesar da Prefeitura já ter iniciado a restauração de algumas estradas, se as chuvas continuarem, a alternativa será decretar a antecipação das férias na rede municipal. Embora a situação de tráfego melhore, cerca de 70% dos pais preferem não mandar os filhos para a escola. Além do medo de acidentes, eles se preocupam também com doenças como resfriados.
Situação mais crítica enfrenta o distrito de Piranji, em Ibaretama. As aulas foram interrompidas por conta da elevação das águas do rio que corta e dá nome à localidade.
Enquanto as águas não baixarem, cerca de 400 alunos do Ensino Fundamental não poderão retornar à sala de aula. A Escola José Augusto de Queiroz ficou parcialmente submersa. Tempo apenas para empilhar as cadeiras e salvar parte do acervo da biblioteca. A diretora da unidade escolar, professora Luiza Ferreira, só vai autorizar o retorno dos alunos após minuciosa inspeção no prédio. O teto de uma oficina ao lado desabou.
Férias antecipadas
A Secretaria de Educação de Paramoti foi obrigada a antecipar parte das férias escolares por causa das chuvas. A quadra invernosa deste ano tem dificultado, principalmente nas últimas semanas, o tráfego nas estradas de boa parte das comunidades rurais, em consequência das enchentes de rios e riachos que cortam o município. Por conta disso, a Secretaria levou a antecipação para todas as escolas municipais. As férias, iniciadas na última segunda-feira, prosseguem até 25 de maio. O reinício das aulas está marcado para o próximo dia 26.
A decisão objetiva garantir a segurança de estudantes e professores, além de fazer com que nenhuma das crianças do município tenha o aprendizado comprometido neste ano.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Socorro Mariz, a carga horária de aulas não será prejudicada e, portanto, os pais devem ficar tranquilos quanto ao rendimento escolar dos alunos, bem como a manutenção do Programa Bolsa Família.
“Nossa maior preocupação é com a aprendizagem dos estudantes e, por isso, assim que as chuvas cessarem, iniciaremos um projeto que intensificará as ações pedagógicas nas escolas”, assegura a secretária.
Recesso ampliado
As escolas públicas do município de Ipueiras também foram afetadas pelas chuvas registradas na região. As unidades foram obrigadas a paralisarem temporariamente as atividades. Cerca de 11 mil alunos da rede pública municipal e mais de 2.400 da rede estadual foram afetados. O prefeito deste município, Nenem do Cazuza, já havia decretado recesso de 4 a 11 de maio, mas, como as chuvas não pararam, resolveu prolongar a suspensão das aulas até o próximo dia 22. As estradas que dão acesso às escolas estão, na maioria, cortadas e outras com difícil tráfego. Neste município, já choveu mais de 1.400 mm, segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) — a média anual pluviométrica é de 700 milímetros.
Mais informações:
12ª Célula Regional de Educação, Quixadá, (88) 3445.1038
Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Paramoti
(85) 3320.1113
Fonte: ALEX PIMENTEL
Colaborador
Diário do Nordeste
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