sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Até onde vai a capacidade do homem?
“Está aberta a caça anual às focas (Canadá), segundo a entidade PETA. Estima-se que cerca de 300.000 delas serão mortas. A única parte da foca utilizada é a sua pele, pois não há mercado para a carne. A preferência é por filhotes de até 3 meses. Muitos ainda não aprenderam a nadar ou mesmo fizeram a primeira refeição. No Canadá é legal matar filhotes de focas após 12 dias de vida.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, morrem hoje mais focas do que o número total registrado ao longo de meio século. Em verdade, nos últimos três anos, o governo desse país de 1º mundo, permitiu que aproximadamente um milhão de focas bebês fossem brutalmente assassinadas à pauladas. A maioria das focas mortas, nos últimos 5 anos, tinha menos de um mês de idade.
A maioria dos caçadores esfola as focas sem sequer verificar se as mesmas estão, de fato, mortas. Estudos realizados mostram fortes indícios de que, no mínimo, 42% dos casos as focas foram esfoladas vivas. Existem, ainda, registros de outras atrocidades, como focas ainda conscientes, serem esfaqueadas com arpões e arrastadas pelo gelo, feridas e largadas para morrer nas pilhas de carcaças.
Mesmo diante do quadro crítico criado pelo efeito estufa, as autoridades canadenses declaram que as focas são um recurso abundante e que o número de animais sentenciados à morte caracteriza uma cota de precaução. Há um desequilíbrio ambiental causado pela quase-extinção dos predadores naturais das focas, os ursos polares, mortos por afogamento em conseqüência do degelo da camada polar, assunto não mencionado pelo Departamento de Pesca e Oceanos Canadense. Com isso, as focas se reproduzem descontroladamente e atinge a população de bacalhau, principal fonte da indústria pesqueira canadense.
Essa linha de pensamento é falha, porque não leva em conta a capacidade da natureza de se auto-equilibrar, o que faz com que, após uma alta de população, logo em seguida venha uma baixa, justamente pela falta de alimento, como defende o biólogo Marcelo Szpilman, diretor do Instituto Ecológico Aqualung. Mesmo assim, esta tem sido a justificativa do governo canadense para realizar o morticínio mesmo diante dos contínuos protestos mundiais contra a matança.”
Matéria veiculada no Jornal Hoje, da Rede Globo, em 29/03/2008
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