Chefes dos poderes Executivo e Legislativo do Sertão Central querem fortalecer associativismo e independência pública
Quixadá. Reeleito por unanimidade, Antônio Wilson de Pinho, prefeito de Madalena, coordenará as atividades da Associação dos Municípios do Sertão Central 1 (Amusc 1) por mais dois anos. A decisão foi tomada no primeiro encontro do grupo realizado este ano em Quixadá. Chefes do Executivo e do Legislativo de Banabuiú, Boa Viagem, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga e Piquet Carneiro optaram pela manutenção do prefeito de Madalena no Cargo. Confiam na experiência e dedicação do engenheiro agrônomo.
Na oportunidade os filiados destacaram o interesse pelo fortalecimento da Amusc 1. Também definiram as primeiras ações do ano. Programam para o início de fevereiro cursos de Licitação, Controle Interno e Contabilidade Pública. A maioria assume o cargo pela primeira vez. “É importante que no início de suas gestões aprendam a controlar os gastos e evitar esquemas de negociações, uma prática ainda difundida nas esferas políticas”, alertou Wilson de Pinho.
Acerto contábil
Ainda sobre as dificuldades no início de seus mandatos, o presidente da Amusc 1, eleito pela terceira vez, a segunda consecutiva no governo de sua terra natal, alertou os colegas a não nomearem assessores e auxiliares por mero compromisso político, pessoal e familiar. Em decorrência do hábito, muitos têm suas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Na hora do acerto contábil, a responsabilidade é de quem foi eleito pelo povo para administrar o dinheiro público.
Discurso parecido fez a presidenta da Câmara de Vereadores de Banabuiú, Marinez de Oliveira Carneiro. Ela sugeriu a independência das Casas Legislativas espalhadas pela região. “Dêca”, como é mais conhecida a vereadora reeleita pela terceira vez, citou como exemplo a captação de R$ 1,5 milhão para a construção de habitações populares para seu povo. Sobre a conquista afirmou ter apenas cumprido o seu papel. Ela foi a mais votada no seu município.
O prefeito de Piquet Carneiro, Expedito José do Nascimento, convidado a ingressar na Associação, demonstrou disposição em unir o bloco do Sertão Central 2 à Amusc 1. Enquanto a fusão não se consolida o grupo busca a formação de consórcios para solucionar alguns problemas básicos. A implantação de aterros sanitários e construção de matadouros são exemplos. A maioria dos municípios da região não disponibiliza de recursos para implantação desses serviços essenciais.
Segundo a secretária executiva da Amusc 1, Valdênia do Nascimento, para se filiarem, prefeitos e presidentes de Câmaras precisam da aprovação de lei em seus municípios, autorizando a adesão. Além do dispositivo legal, cada entidade colabora mensalmente com R$ 500,00, para a manutenção da estrutura funcional e promoção de atividades técnicas.
FIQUE POR DENTRO
Regionalizar os municípios é a meta
A Associação dos Municípios do Sertão Central (Amusc) surgiu quando o então presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Amece), Carlile Lavor, demonstrou interesse em trabalhar com a regionalização dos municípios cearenses. Do ponto de vista do médico Lavor, à época também exercendo a função de prefeito de Jucás, cada região deveria ter uma associação representativa. Foi então criada a Associação dos Municípios do Sertão Central 1 (Amusc 1), composta pelos municípios de Banabuiú, Boa Viagem, Ibaretama, Choró, Ibicuitinga, Madalena, Quixadá e Quixeramobim. Na mesma época surgia a Amusc 2, composta pelos municípios de Pedra Branca, Senador Pompeu, Mombaça, Solonópole, Deputado Irapuan Pinheiro e Piquet Carneiro. Em 2001 o então presidente da entidade, Alci Pinheiro, uniu as duas associações. A união durou apenas aquele ano. O que é válido destacar na iniciativa de se criar associações representativas é a meta de fortalecer o municipalismo com a união das cidades.
Mais informações:
Associação dos Municípios do Sertão Central 1 (Amusc 1)
Travessa Tiradentes, 357, Quixadá
(88) 3414.4733
Fonte:www.diariodonordeste.com.br
Alex Pimentel
Colaborador
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