domingo, 25 de janeiro de 2009

Modelo Bayesiano é destaque: PROFETAS X CIENTISTAS

Na opinião do estatístico Ailton Andrade, o possível preconceito dos meteorologistas em relação aos profetas das chuvas talvez seja devido a uma visão ultrapassada sobre ciência, de achar que opiniões e experiências não devem ser usadas em modelos estatísticos (ou matemáticos). A Estatística Bayesiana, que usa informação subjetiva, segundo observa, vem se sobrepondo às técnicas clássicas e se mostrando mais adequada em resolver problemas complexos justamente devido à abordagem subjetiva que tem da ciência.

O pesquisador avalia que boa parte dos modelos de previsão, embora muito bem elaborados, pecam em tentar explicar deterministicamente problemas com a carga de incerteza alta. Os modelos não levam em consideração — ou não dão o devido tratamento — ao erro associado à observação do fenômeno.

Tentam apenas procurar expressões físico-matemáticas que se aproximem dele. “Talvez aí esteja a fonte dos supostos erros que as pessoas atribuem aos institutos, alguns dos quais têm uma péssima reputação na população, devido aos supostos erros”, ressalta.

Para Andrade, esse problema pode ser ainda mais sério no Nordeste, já que se trata de uma zona geográfica onde ocorrem muitos fenômenos, o que, de acordo com os institutos, dificultam as previsões. Daí a necessidade ainda maior de se usar modelos estatísticos em vez daqueles determinísticos no estudo das informações climáticas. “Não há estatísticos de boa formação trabalhando com os meteorologistas”.

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