A população negra desempregada é proporcionalmente maior que a população não-negra, de acordo com estudo divulgado nesta terça-feira (18), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), em comemoração ao Dia da Consciência Negra, comemorado na próxima quinta (20).
Segundo o estudo, em 2007, a população economicamente ativa negra era de 3.678 mil pessoas, cerca de 36,1% da força de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo. Desse universo, 82,4% estavam ocupados e 17,6%, desempregados. Para efeito de comparação, a população não-negra ativa era de 6.511 mil pessoas, com 86,7% ocupadas e 13,3 desempregadas, com uma diferença de 4,3 pontos percentuais.
Apenas cerca de um terço da população de São Paulo em idade e economicamente ativa, segundo o Dieese, é negra. Entre os desempregados da capital, os negros representam cerca de 42,9% deste universo.
De acordo com o Dieese, as mulheres negras, em especial, detêm os resultados mais desfavoráveis, com taxa de desemprego total de 20,4% em 2007.
De acordo com o estudo, tradicionalmente, os negros entram no mercado de trabalho mais cedo do que os não-negros e permanecem nele por mais tempo. O fato é relacionado, na pesquisa, à menor qualificação profissional, o que leva à auto-ocupação ou ao emprego doméstico. Outro setor em destaque nesses casos é o da construção civil. Em comum, todos eles têm os baixos rendimentos.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário