O empresário Marcos Valério e outras 26 pessoas, entre elas diretores e ex-diretores do Banco Rural, foram denunciados pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais, por crimes relacionados ao chamado mensalão mineiro. O esquema vigorou em 1998 durante a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB - MG) ao governo de Minas. O atual senador e outras 14 pessoas foram denunciados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, em novembro do ano passado, por terem criado e desenvolvido na capital mineira um esquema utilizado posteriormente em âmbito nacional, que ficou conhecido como mensalão.
As provas da existência do esquema mineiro foram encontradas justamente durante a apuração do escândalo nacional. Os dois esquemas contaram com Valério, suas empresas e com o Banco Rural.
As denúncias oferecidas são desdobramentos do inquérito principal, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao foro privilegiado de alguns dos acusados pelo procurador-geral da República.
Em uma das denúncias, que também inclui o juiz federal do Tribunal Regional Eleitoral de Minas, Rogério Lanza Tolentino, o MPF acusa Valério de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Tolentino é acusado de corrupção passiva e lavagem. As denúncias foram apresentadas à 4ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte. Alguns acusados podem ser condenados a até 30 anos de prisão.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
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