Mobilização popular é realizada em Quixadá, como parte das ações da Campanha da Fraternidade 2009
Um grito por segurança e paz. Uma multidão promete invadir, hoje, às ruas desta cidade do Sertão Central clamando contra a violência. Populares participam de caminhada alusiva à Campanha da Fraternidade, promovida em todo o Brasil pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em Quixadá, a iniciativa parte da Comissão Interparoquial de Justiça e Paz. Este ano, o movimento religioso-social tem como tema “Fraternidade e Segurança Pública”.
Os organizadores asseguram uma passeata pacífica. O vigário da paróquia de Santa Terezinha, José Maria Loyola, idealizador e coordenador do movimento, justifica a promoção da paz como principal objetivo.
Ele destaca o fortalecimento da cultura de paz como uma das principais ferramentas para a redução da violência que se alastra pela maioria dos centros urbanos. Será a mensagem levada pelas ruas de sua cidade nesta manhã.
Reivindicações
Familiares de vítimas e membros de instituições que atuam junto aos órgãos de segurança pública afirmam que também será momento para reivindicações ao Estado, por melhorias na assistência à população. “O próprio lema da Campanha da Fraternidade, ´A paz é fruto da justiça´, critica a impunidade. Essa é justamente a sensação de quem foi assaltado ou teve um ente querido assassinado. Muitos criminosos ainda continuam soltos”, reclama a conselheira tutelar da cidade, Lucilene Xavier.
Esse também é o sentimento dos colegas de trabalho. Até iniciarem a tarefa de amparo aos menores, não conheciam os bastidores do combate à violência. Assim como a maior parte da população, desconheciam o esforço dos policiais diante da falta de estrutura. O empenho de promotores e juízes também. “Cumprir todos os rituais exigidos por lei é tão difícil quanto prender um infrator ou elucidar um crime. Sem a colaboração da sociedade se torna muito difícil”, reconhece o conselheiro Marcos Barroso.
“Não é fácil. Trabalhamos em vários casos ao mesmo tempo. A nossa dedicação é a mesma, mas, além de melhores condições, precisamos do apoio da população”, desabafa o delegado Edílson Sobrinho, assegurando que estará na caminhada. Ele acredita que toda manifestação de promoção da harmonia social é válida. O comandante do Batalhão Provisório de Quixadá, coronel Rômulo Tavares, pensa igual. Discorda apenas do título utilizado na divulgação do evento.
De acordo com ele, “a paz e a segurança existem. Sempre existiram na nossa sociedade. É preciso apenas que sejam fortalecidas pelas pessoas de bem, pois sempre seremos maioria”, ponderou o militar, confirmando sua presença na concentração, no Centro da cidade.
A Caminhada da Paz está programada para as 8 horas. Grupos sairão das paróquias de Jesus Maria e José (Matriz), São Francisco, São João e Santa Terezinha, com destino à Praça José de Barros, onde se concentram uma hora depois. No local haverá orações, minuto de silêncio em homenagem às vítimas da violência, apresentações culturais e discurso de autoridades. “Mas não toleraremos críticas e nem incitações”, completou o padre José Maria, agradecendo o apoio da Câmara de Vereadores, Secretaria de Educação e demais entidades envolvidas.
FIQUE POR DENTRO
Campanha da Fraternidade
A Campanha da Fraternidade (CF) surgiu em 1961, quando três padres, responsáveis pela Cáritas Brasileira, idealizaram um movimento para arrecadar fundos com o objetivo de dar suporte financeiro às atividades assistenciais da instituição. Na quaresma do ano seguinte a Campanha foi realizada pela primeira vez, em Natal (RN), com adesão de outras três Dioceses e apoio de bispos americanos. Não teve êxito financeiro, mas acabou se transformando em um projeto dos organismos nacionais da CNBB e das igrejas particulares do Brasil, enfocando as ações pastorais. Em 26 de dezembro de 1963, o projeto foi lançado em nível nacional e realizado com o modelo seguido até hoje na quaresma de 1964. Seis anos depois, a CF ganhou apoio do Papa, através de mensagem em rádio e televisão.
Mais informações:
Comissão Interparoquial de Justiça e Paz
Município de Quixadá
Sertão Central do Ceará
(88) 3412.1523
Um grito por segurança e paz. Uma multidão promete invadir, hoje, às ruas desta cidade do Sertão Central clamando contra a violência. Populares participam de caminhada alusiva à Campanha da Fraternidade, promovida em todo o Brasil pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em Quixadá, a iniciativa parte da Comissão Interparoquial de Justiça e Paz. Este ano, o movimento religioso-social tem como tema “Fraternidade e Segurança Pública”.
Os organizadores asseguram uma passeata pacífica. O vigário da paróquia de Santa Terezinha, José Maria Loyola, idealizador e coordenador do movimento, justifica a promoção da paz como principal objetivo.
Ele destaca o fortalecimento da cultura de paz como uma das principais ferramentas para a redução da violência que se alastra pela maioria dos centros urbanos. Será a mensagem levada pelas ruas de sua cidade nesta manhã.
Reivindicações
Familiares de vítimas e membros de instituições que atuam junto aos órgãos de segurança pública afirmam que também será momento para reivindicações ao Estado, por melhorias na assistência à população. “O próprio lema da Campanha da Fraternidade, ´A paz é fruto da justiça´, critica a impunidade. Essa é justamente a sensação de quem foi assaltado ou teve um ente querido assassinado. Muitos criminosos ainda continuam soltos”, reclama a conselheira tutelar da cidade, Lucilene Xavier.
Esse também é o sentimento dos colegas de trabalho. Até iniciarem a tarefa de amparo aos menores, não conheciam os bastidores do combate à violência. Assim como a maior parte da população, desconheciam o esforço dos policiais diante da falta de estrutura. O empenho de promotores e juízes também. “Cumprir todos os rituais exigidos por lei é tão difícil quanto prender um infrator ou elucidar um crime. Sem a colaboração da sociedade se torna muito difícil”, reconhece o conselheiro Marcos Barroso.
“Não é fácil. Trabalhamos em vários casos ao mesmo tempo. A nossa dedicação é a mesma, mas, além de melhores condições, precisamos do apoio da população”, desabafa o delegado Edílson Sobrinho, assegurando que estará na caminhada. Ele acredita que toda manifestação de promoção da harmonia social é válida. O comandante do Batalhão Provisório de Quixadá, coronel Rômulo Tavares, pensa igual. Discorda apenas do título utilizado na divulgação do evento.
De acordo com ele, “a paz e a segurança existem. Sempre existiram na nossa sociedade. É preciso apenas que sejam fortalecidas pelas pessoas de bem, pois sempre seremos maioria”, ponderou o militar, confirmando sua presença na concentração, no Centro da cidade.
A Caminhada da Paz está programada para as 8 horas. Grupos sairão das paróquias de Jesus Maria e José (Matriz), São Francisco, São João e Santa Terezinha, com destino à Praça José de Barros, onde se concentram uma hora depois. No local haverá orações, minuto de silêncio em homenagem às vítimas da violência, apresentações culturais e discurso de autoridades. “Mas não toleraremos críticas e nem incitações”, completou o padre José Maria, agradecendo o apoio da Câmara de Vereadores, Secretaria de Educação e demais entidades envolvidas.
FIQUE POR DENTRO
Campanha da Fraternidade
A Campanha da Fraternidade (CF) surgiu em 1961, quando três padres, responsáveis pela Cáritas Brasileira, idealizaram um movimento para arrecadar fundos com o objetivo de dar suporte financeiro às atividades assistenciais da instituição. Na quaresma do ano seguinte a Campanha foi realizada pela primeira vez, em Natal (RN), com adesão de outras três Dioceses e apoio de bispos americanos. Não teve êxito financeiro, mas acabou se transformando em um projeto dos organismos nacionais da CNBB e das igrejas particulares do Brasil, enfocando as ações pastorais. Em 26 de dezembro de 1963, o projeto foi lançado em nível nacional e realizado com o modelo seguido até hoje na quaresma de 1964. Seis anos depois, a CF ganhou apoio do Papa, através de mensagem em rádio e televisão.
Mais informações:
Comissão Interparoquial de Justiça e Paz
Município de Quixadá
Sertão Central do Ceará
(88) 3412.1523
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