As fortes chuvas que caíram nos últimos dias em Quixadá dão uma nova cara à paisagem do imperial Açude Cedro.
O Açude Cedro está, de acordo com o Departamento Nacional de Obras contra Seca (DNOCS), com 22,50% de sua capacidade de armazenamento, o que representa 28.3 metros cúbicos de água. Ele é importante para a realização de atividades como prática de esportes náuticos, banho, além de ser a fonte de água para uma extensa rede de canais para irrigação, a primeira construída no Ceará. As informações são do site da prefeitura de Quixadá
Atualmente a Prefeitura vem realizando reformas na estrada que dá acesso ao maior ponto turístico de Quixadá. A via está ganhando um novo pavimento, sendo, parte em asfalto e outra em bloquete de concreto, e ainda terá passeio para pedestre e ciclovia. Além disso, todos os galpões existentes ao redor do Cedro serão reformados para abrigar um museu de, onde serão expostos vários equipamentos utilizados em sua construção.
No último dia 12 de maio completou 20 anos que o importante reservatório, construído sobre o leito do rio Sitiá, não sangra. Em toda sua história esse fato só aconteceu seis vezes, uma em 1924 e as demais em 1925, 1974, 1975, 1986 e 1989. Deve-se levam em consideração que o acontecimento é raro porque sua capacidade máxima é de 126 milhões de metros cúbicos. Já as secas foram mais raras ainda, pois isso só aconteceu em 1930, 1932, 1950 e 1999.
Saiba mais
O Açude Cedro foi umas das primeiras grandes obras de combate à seca realizada pelo governo brasileiro. A ordem de construção foi dada por D. Pedro II em decorrência do grande impacto social provocado pela seca de 1877 - 1879.
O Governo Imperial solicitou ao engenheiro Ernesto Antônio Lassance Cunha e a outros técnicos estudos de meios para o combate aos efeitos das secas. Ficou então decidida à construção de barragens nos leitos dos rios para barrar as águas pluviais. O próprio Ernesto Cunha visitou diversos locais no interior da província e indicou o Boqueirão do Cedro como local selecionado. Em 1880, o engenheiro britânico Jules Jean Revy confirmou a indicação.
No ano de 1882 o primeiro projeto foi feito por Jules Revy que coordenou a realização de obras preliminares, como a construção de uma estrada de acesso e a instalação das máquinas. Às vésperas do iníco das obras, ocorre a Proclamação da República e a conseqüente retirada de Revy. Após modificações no projeto realizadas em 1889 pelo engenheiro Ulrico Mursa, da Comissão de Açudes e Irrigação (atual DNOCS), as obras foram finalmente iniciadas em 15 de novembro de 1890, mas passou por diversas interrupções e em 1906 foram concluídas sob coordenação do engenheiro Bernardo Piquet Carneiro, que assumiu a direção da construção em 1900.
O período entre o primeiro projeto e a inauguração foi de 25 anos e suas obras contaram, em grande parte, com o emprego de mão-de-obra dos flagelados da seca. Devido à sua importância histórica e sua beleza natural foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1977.
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