segunda-feira, 16 de março de 2009

700 quilos de produtos alimentícios e remédios foram apreendidos em Quixadá


Fiscalização em Quixadá e Quixeramobim flagrou cerca de 1,2 tonelada de alimentos e remédios estragados

Quixadá. Após realização de blitze por todo o mês de fevereiro, as vigilâncias sanitárias de Quixadá e Quixeramobim incineraram mais de uma tonelada de alimentos estragados e medicamentos vencidos. É o resultado da fiscalização mais intensa nos dois maiores centros urbanos da região central do Estado. As ações preventivas são realizadas com o objetivo de evitar mais problemas de saúde pública para as populações das duas cidades nesta época do ano. Com o início das chuvas, a dengue e viroses se transformam nos principais inimigos, mas a atenção também se concentra no comércio.

Somente no mês passado, quase 700 quilos de produtos foram apreendidos em Quixadá. O supervisor de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do município, Jecriston Dias de Lima, informou que no período foram realizadas 200 inspeções no município. Pizzarias, supermercados, restaurantes, bares, botequins, farmácias, mercados, hotéis, panificadoras e até motéis foram estabelecimentos visitados.

A mesma operação está sendo realizada em Quixeramobim. O setor da Vigilância à Saúde do município apreendeu cerca de 500 quilos de produtos que estavam sendo comercializados com a data de validade vencida. Os inspetores sanitários retiraram de circulação gêneros alimentícios, farmacêuticos e de limpeza. Diariamente, eles estão percorrendo os estabelecimentos comerciais e industriais da cidade, bem como os localizados nas vilas dos distritos, fiscalizando os produtos que estão sendo colocados à venda e fazendo a apreensão dos itens irregulares.

De acordo com o coordenador da Vigilância à Saúde de Quixeramobim, Antônio Eugênio Gomes de Almeida, essas ações de fiscalização e apreensão estão amparadas por leis municipais e que, se for o caso, os agentes podem inclusive solicitar o apoio da força policial para o cumprimento das operações. Todavia, ele acrescenta que no seu município o Código de Vigilância Sanitária está ultrapassado. Data de 1995 e precisa de atualização. Com a revisão, as multas irrisórias podem se tornar mais elevadas e estabelecimentos poderão ser penalizados com interdições.

Em Quixadá, alguns infratores já foram penalizados. A primeira multa pode chegar até a 400 UFIRMUs. A unidade financeira equivale a R$ 1,888. Havendo reincidência, o valor pode dobrar. Como medida extrema o comércio é fechado. Na opinião de Lima, a medida é desagradável, mas dá resultado. Assim como a contaminação dos alimentos mal conservados, a notícia ruim logo se espalha pela cidade. Com receio de serem penalizados, alguns comerciantes até ligam para a Vigilância Sanitária solicitando orientação.

Alerta

Os sanitaristas alertam a população para tomar cuidado na hora de adquirir qualquer produto alimentício. No caso dos enlatados, é necessário observar com muito cuidado a data de validade. Quando abrir o vasilhame, também é importante observar a coloração e o cheiro. Sob qualquer suspeita, é melhor evitar o consumo. No caso dos frios e das carnes o cuidado deve ser dobrado. Apesar de orientarem os proprietários de frigoríficos a não deixarem o gado e peixe juntos, a prática persiste. Nesse caso pode ocorrer contaminação cruzada. A diarréia é a primeira a afetar o consumidor. Nos casos mais graves, pode culminar em óbito.

Para tentar reverter essa situação, Jecriston Dias informa que, no próximo dia 26, haverá o primeiro curso de boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos para panificadoras de Quixadá.

Mais informações:
Secretaria de Saúde de Quixadá (88) 3412.3245
Secretaria de Saúde de Quixeramobim (88) 3441.1219

ALEX PIMENTEL
Colaborador
Diário do Nordeste

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