segunda-feira, 9 de março de 2009

Arcebispo rebate críticas de Lula sobre excomunhão

O arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho rebateu as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado, 7, que lamentou a atitude do religioso de excomungar os médicos que fizeram o aborto em uma menina de nove anos vítima e estupro em Pernambuco. O arcebispo sugeriu que Lula consulte um "teólogo" antes de defender os excomungados, informou a agência internacional de notícias Efe.


"O presidente deve buscar a assessoria de algum teólogo para falar com mais propriedade sobre o tema", disse d. José Cardoso Sobrinho durante missa na capital pernambucana. O arcebispo, que não excomungou o estuprador, recebeu o apoio do Vaticano e também da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em nota, a CNBB pediu a punição do criminoso.

Nota
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) repudiou o estupro da menina de nove anos por seu padrasto, no interior de Pernambuco, que resultou em uma gravidez de gêmeos, e defendeu a rigorosa apuração dos fatos. “Repudiamos veementemente este ato insano e defendemos a rigorosa apuração dos fatos, e que o culpado seja devidamente punido, de acordo com a Justiça”, afirma a entidade em nota assinada pelo presidente Dom Geraldo Lyrio Rocha.

Apesar de lamentar que este não seja um caso isolado e dizer que se preocupa com o crescente número de atentados a crianças, a CNBB diz que se coloca sempre a favor da vida. “A Igreja, em fidelidade ao Evangelho, se coloca sempre a favor da vida, numa condenação inequívoca de toda violência que fere a dignidade da pessoa humana”. A menina teve a gravidez interrompida, o que gerou polêmica com a Igreja Católica, que chegou a excomungar os envolvidos no aborto.

A nota da CNBB também reafirma uma manifestação dos bispos da Regional Nordeste 2, que discordam do desfecho de “eliminar a vida de seres humanos indefesos. Diante da complexidade do caso, lamentamos que não tenha sido enfrentado com a serenidade, tranqüilidade e o tempo necessário que a situação exigia”, afirmam os bispos.

Fonte: www.opovo.com.br

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