COM 34% CID GOMES É O FAVORITO PARA AS ELEIÇÕES DE 2010

Na primeira pesquisa divulgada sobre a sucessão estadual de 2010 no Ceará, o governador Cid Gomes (PSB) larga na frente para a reeleição, com vantagem folgada sobre os principais caciques políticos do Estado. No primeiro cenário nos números do Datafolha, com a presença de Tasso Jereissati (PSDB) na disputa, Cid aparece com 34% das intenções de voto. O senador tucano vem a seguir, com 18%. Antecessor de Cid no Governo do Estado, Lúcio Alcântara (PR) alcançou 13%, número que o deixa tecnicamente empatado com a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), com 12%, e com o ex-deputado federal Moroni Torgan (DEM), com 11%. Eunício Oliveira (PMDB) e Renato Roseno (PSol) aparecem com 3%, cada. Brancos, nulos e eleitores que disseram que não votariam em nenhum dos candidatos somam 3%. Os que não sabem em que votariam são 3%.

No cenário sem Tasso, Cid cresce, chegando a 39%. Lúcio aparece em segundo lugar, com 18% - mesmo percentual que seu desafeto Tasso havia alcançado no cenário anterior. Moroni, com 14%, e Luizianne, com 13%, aparecem na sequencia. Eunício tem 4% e Roseno, 3%. Brancos, nulos e os que disseram que não votariam em nenhuma das opções somaram 6%. Os que responderam que não sabem são 4%.

A pesquisa Datafolha, publicada na edição de ontem do jornal Folha de S. Paulo, ouviu 974 pessoas em 34 municípios cearenses. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento apresentou duas simulações, com a presença dos principais nomes dos maiores partidos do Ceará. A maior parte deles, no entanto, dificilmente entrará na disputa pelo Governo do Estado.

Tasso pretende concorrer à reeleição no Senado e resiste às pressões dentro do PSDB para que seja candidato. Lúcio cogita uma candidatura a deputado federal ou, numa hipótese mais remota, ao Senado. Moroni deverá concorrer a deputado federal e Eunício, ao Senado, com apoio de Cid. Já Luizianne, que, nas duas simulações, aparece como adversária do atual governador, tem acordo firmado para apoiar a reeleição de Cid e dificilmente será candidata em 2010. De todos os nomes citados, portanto, apenas Renato Roseno tem chances maiores de estar na disputa. Apesar dos números favoráveis, Cid aparece distante dos 54,4% do total de votos que lhe levaram ao Palácio Iracema em 2006.

Na pesquisa espontânea, na qual os eleitores citam o candidato em quem pretendem votar sem ter acesso a uma lista com o nome das opções, o governador também lidera com folga: 20%. O segundo nome mais citado foi o do deputado federal Ciro Gomes (PSB), irmão do governador, com 5%. Em função do parentesco, Ciro só poderá ser candidato caso Cid renuncie até seis meses antes da eleição. Ainda na pesquisa espontânea, Tasso e Lúcio obtêm o mesmo percentual: 4%. Luizianne ficou com 2%. Moroni e Eunício alcançaram 1%. No entanto, na pesquisa espontânea, o maior percentual é mesmo dos que não sabem em quem votar: 54%.


NÚMEROS DA PESQUISA

CENÁRIO 1
Cid Gomes - PSB - 34%

Tasso Jereissati - PSDB - 18%

Lúcio Alcântara - PR - 13%

Luizianne Lins - PT - 12%

Moroni Torgan - DEM - 11%

Eunício Oliveira - PMDB - 3%

Renato Roseno - PSol - 3%

Branco/nulo/nenhum - 3%

Não sabe - 3%

CENÁRIO 2
Cid Gomes - PSB - 39%

Lúcio Alcântara - PR - 18%

Moroni Torgan - DEM - 14%

Luizianne Lins - PT - 13%

Eunício Oliveira - PMDB - 4%

Renato Roseno - PSol - 3%

Branco/nulo/nenhum - 6%

Não sabe - 4%

Fonte: Datafolha


Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Ceará (UFC), Valmir Lopes, uma pesquisa como a divulgada ontem “é de pouca serventia”, pois reflete apenas o nome de políticos que têm liderança ou que são conhecidos do eleitor.

De acordo com o cientista político, “Tasso aparece como candidato que eventualmente pode ser competitivo” e é apoio importante para Cid Gomes.

Outros candidatos teriam pouco peso isolados e não apresentam chances reais de formar coligação. Um cenário ideal para Cid, segundo o professor, seria o que contemplasse aliança com o PSDB, que lançaria Tasso à reeleição ao Senado, o PMDB, que lançaria Eunício Oliveira à segunda vaga de senador, e o PT, que teria de ceder ao desejo de lançar candidato próprio ao Senado em 2010.

Fonte:www.opovo.com.br