sábado, 13 de dezembro de 2008

PESQUISA DO IBGE: Um terço das cidades do País têm favelas

Segundo pesquisa do IBGE, 1.837 municípios brasileiros declararam ter favelas, mocambos ou palafitas

Brasília. Um terço dos municípios brasileiros têm favelas, palafitas e outras habitações miseráveis. Em mais da metade deles, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou ainda a presença de loteamentos irregulares ou clandestinos.

As informações constam na Pesquisa de Informações Básicas Municipais do IBGE, divulgada ontem. O estudo, feito em todos os 5.564 municípios brasileiros durante o primeiro semestre de 2008, traz informações sobre a estrutura, dinâmica e funcionamento dos municípios do país.

Segundo a pesquisa, 1.837 municípios brasileiros declararam ter favelas, mocambos (habitações miseráveis) ou palafitas, o que representa 33% das cidades do país. Na análise por regiões, o estudo constata que as favelas são mais freqüentes no Norte e Sul, onde 41% dos municípios informaram conviver com este tipo de habitação. Em seguida, aparecem o Nordeste (32,7%), o Sudeste (29,7%) e a região Centro-Oeste (com 19,5%).

São Paulo é o Estado com o maior número de municípios de habitações do tipo: 203, contra 109 em Pernambuco e 63 no Rio de Janeiro.

Em Roraima, apenas quatro municípios relataram ter esse tipo de moradia em seu território. Já os loteamentos irregulares ou clandestinos estão presentes em 2.960 municípios brasileiros, ou 53% do total. A maior parte (984 municípios) está no Sudeste, e a menor (223), no Centro-Oeste.

A incidência de favelas é maior nos municípios mais populosos. O percentual de municípios que relataram existência de favelas salta de 27,7%, naqueles com até 50 mil habitantes, para 70,8% dos 319 que têm entre 50 mil e 100 mil habitantes, chegando a 84,7% dos 229 municípios com entre 100 e 500 mil habitantes.

Políticas Públicas

As políticas públicas de habitação são preocupação constante de 80,2% dos municípios, segundo a pesquisa. Este percentual disse desenvolver algum programa da área neste ano. No Sudeste, o percentual é de 70,6%, considerado baixo pelo IBGE, já que se trata de uma região ‘‘dotada de grandes centros urbanos e de notável déficit habitacional’’. A maior parte dessas política é de programas voltados à construção de unidades habitacionais.

PROBLEMA NAS REGIÕES

NORTE: 41%
SUL: 41%
NORDESTE: 32,7%
SUDESTE: 29,7%
CENTRO-OESTE: 19,5%

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