Multinacional ocupa área em que o presidente da Venezuela quer desenvolver projeto de casas populares
Caracas. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deu ontem duas semanas de prazo à multinacional Coca-Cola, operada pelo Grupo Femsa do México, para que desocupe um terreno em Caracas, onde estaciona seus caminhões de distribuição.
´Dou duas semanas à Coca-Cola para que de maneira voluntária deixe livre o terreno´, afirmou Chávez em seu programa semanal de televisão ´Alô, presidente´. ´Levem seus caminhões para a savana, a 100 km ao sul, onde milhões de hectares estão livres´, acrescentou o presidente.
Chávez assinalou que definirá o procedimento jurídico da medida e encarregou o ministro venezuelano Luis Reyes de entrar em contato com os representantes da empresa.
A propriedade, de um hectare de extensão, fica no populoso subúrbio do município de Libertador, na área metropolitana de Caracas, onde estaria sendo desenvolvido um projeto de casas populares. Segundo Hugo Chávez, a presença da Coca-Cola no local é um dos vários exemplos do ´atropelo´ do capitalismo.
Colômbia
Ontem, também no programa ´Alô, presidente´, Chávez advertiu que responderá com seu arsenal de guerra a uma eventual incursão militar da Colômbia em seu território, em perseguição a guerrilheiros, ao rechaçar declarações do ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos.
´Lamentavelmente, com toda a dor de minha alma, mandaria imediatamente prender os aviões Zucoy e os tanques de guerra, mas a soberania, a dignidade da Venezuela não vou permitir que sejam desrespeitadas por nada no mundo´, afirmou Chávez.
Chávez disse ainda que Santos representa uma ´ameaça para a paz da América do Sul´ e o acusou de querer ´transformar a Colômbia no Israel da América Latina´, afirmando ter tratado do assunto por telefone com o presidente colombiano Álvaro Uribe.
Juan Manuel Santos havia defendido como um ´direito de legítima defesa´ atacar ´terroristas que estivessem sistematicamente atentando contra a população de um país, mesmo fora de seu território´.
segunda-feira, 9 de março de 2009
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