sábado, 14 de fevereiro de 2009
Aids entre mulheres de 50 anos triplicou em uma década
Nos últimos dez anos, a ocorrência de Aids entre as mulheres com mais de 50 anos triplicou. Em 1996 havia de 3,7 casos por 100 mil habitantes; em 2006, o índice já era 11,6.
O aumento deve-se ao fato de que sete em cada dez brasileiras com mais de 50 anos não usam camisinha com parceiros casuais, o que tem tornado as mulheres desse grupo mais vulneráveis à contaminação pelo vírus HIV. A constatação faz parte da pesquisa de comportamento sexual dos brasileiros, realizada no ano passado pelo Ministério da Saúde e divulgada nesta sexta-feira (13).
De acordo com o ministério, a dificuldade para negociar o uso do preservativo com o parceiro aliada à falsa percepção de que as mulheres acima dos 50 anos estão imunes ao vírus são os principais fatores que explicam essa realidade. Como aponta o documento, para essa geração, camisinha estava associada à prevenção de gravidez.
O estudo revela, ainda, que mais da metade dessas mulheres (55,3%) é sexualmente ativa. No entanto, o uso regular da camisinha nas relações casuais faz parte da rotina de apenas 28% delas.
Já entre os homens nesse mesmo grupo etário, o índice sobe para 36,9%. Na média da população com mais de 50 anos, o uso do preservativo nesse tipo de relação sexual é verificado em 34,8%, proporção inferior à verificada entre o grupo de 15 a 49 anos (47,5%).
Dados do Ministério da Saúde revelam que, a cada ano, são identificados mais de 35 mil casos de Aids no país. Em cerca de 40% das ocorrências, o diagnóstico é feito de forma tardia, o que, segundo o ministério, retarda o acompanhamento e compromete ainda mais o estado clínico do paciente.
Estima-se que, pelo menos, 255 mil brasileiros estejam infectados pelo vírus da Aids e ainda não tenham feito o exame.
*Com informações da Agência Brasil
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