quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
CRIME ORGANIZADO: Quadrilha rouba explosivos em Quixadá
Ladrões voltam a agir em Quixadá e, desta vez, fogem com 200 quilos de dinamite, prometendo atacar outros bancos
Quixadá. Um dia após o início das investigações em torno do furto na agência do Banco do Brasil desta cidade (a 154Km de Fortaleza), criminosos voltaram a agir na região. Dessa vez levaram toda a carga explosiva da empresa Marsilop do Brasil. O material seria utilizado nas obras de saneamento básico que estão sendo realizadas na cidade.
O material havia chegado ao paiol da empreiteira no fim da tarde da última terça-feira. A quadrilha levou 200 quilos de dinamite e artefatos para detonação. Ao fugirem, os bandidos anunciaram para o vigia que a carga de explosivos será utilizada em assaltos contra agências bancárias.
Ao tomar conhecimento do fato, no começo da manhã de ontem, o delegado regional da Polícia Civil em Quixadá, Edilson Sobrinho, passou a investigar o crime. Ele descobriu que, pelo menos, cinco bandidos participaram do roubo.
Dominado
Durante a madrugada, por volta de 1h30, os ladrões cortaram uma cerca de arame farpado, na margem da rodovia CE-359, no entorno da cidade, e seguiram à pé até a guarita do paiol. Surpreenderam o vigia quando este bebia água. A carga, incluindo um malote de ferro com espoletas, foi levada à pé até um veiculo que parou no acostamento logo após o roubo.
No local, o bando abandonou algumas ferramentas, um capuz tipo balaclava, um par de luvas e uma máscara de Carnaval. O rolo de fita adesiva utilizada na imobilização das pernas e braços do funcionário também foi deixada ali. Da margem da CE até a guarita e os dois depósitos são aproximadamente 400 metros. A perícia encontrou uma trilha até a cerca. Através dela os ladrões chegara ao paiol, já que o portão para adentrar a propriedade está situado defronte a um posto de combustíveis que funciona 24 horas.
O delegado regional, Edilson Sobrinho, não descarta a possibilidade de haver relação entre o roubo dos explosivos e o furto do dinheiro que estava depositado na casa forte do Banco do Brasil. Por conta disso, ele solicitou reforço policial à Superintendência da Polícia Civil.
O delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), determinou o envio de uma equipe de policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) para este Município, com o intuito de apoiar a delegacia de Quixadá. Com a operação conjunta, as autoridades esperam identificar e capturar os assaltantes nas próximas 48 horas.
“Alguns nomes (de suspeitos) já foram levantados, mas são mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações´, acrescentou o delegado Edilson Sobrinho.
Sem comentário
Enquanto a Polícia Civil trabalha no sentido de encontrar pistas do bando que roubou os explosivos, policiais federais, operários e funcionários do Banco do Brasil de Quixadá abriam o restante do túnel que deu acesso à caixa-forte. Eles não quiseram comentar nada sobre o trabalho, mas, pelo movimento, estariam iniciando os serviços de restauração do concreto do subsolo da agência. Todavia, muitos curiosos associaram os dois crimes. Alguns lembraram da apreensão recorde de explosivos ocorrida na cidade há algum tempo atrás.
Em novembro do ano passado, equipes da Polícia Civil, da Segunda Companhia do 1ª BPM e do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da Décima Região Militar do Exército Brasileiro apreenderam aproximadamente sete toneladas de artefatos explosivos no Centro de Quixadá. Segundo a Polícia, o arsenal estava escondido nos fundos de uma loja de caça e pesca.
Alex Pimentel
Repórter
Diario do Nordeste
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