segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

QUIXADÁ - Jovens preparados para operações de socorro

Quixadá. Escolas, creches, abrigos, alimentos, medicamentos e água potável, os Conselhos Municipais de Defesa Civil das cidades que formam o Sertão Central do Estado já se organizam e montam estratégias para atendimento emergencial à população. Embora a carga pluviométrica na região seja historicamente a menor do Ceará e a Funceme preveja um quadro meteorológico dentro da normalidade, as prefeituras se preparam para o pior.

Em Quixadá, ginásios cobertos poderão ser utilizados como abrigos. Quanto à alimentação para possíveis desabrigados a cozinha industrial do município dará o suporte necessário. O abastecimento de água poderá ser feito por carroceiros. Jovens do Programa Primeiro Passo receberam capacitação do Corpo de Bombeiros para operações de socorro. “Estaremos prontos para cumprir com as nossas obrigações”, comentou o coordenador local da Defesa Civil e secretário de Agricultura, Ereni Tavares.

Quixadá contará também com um importante equipamento esportivo caso ocorram alagamentos e enchentes. O Instituto de Convivência com o Semi-árido pretende disponibilizar seus caiaques nas ações de salvamento. A assistência poderá se estender às cidades vizinhas. “São embarcações muito úteis por conta da versatilidade e flutuabilidade”, acrescentou o presidente do Instituto, Osvaldo Andrade.

O coordenador da Defesa Civil de Quixeramobim, Marcos Machado, informou que a cidade com maior potencial hídrico da bacia do Banabuiú conta com um batalhão especial para assistência à população caso ocorra alguma calamidade. Vinte e dois bombeiros voluntários e mais 40 jovens estão preparados para ações de salvamento. Sua preocupação está voltada para as áreas de banho. Em 2008 dois adolescentes foram tragados pelas águas do rio que corta a cidade.

Segundo ele, sua equipe visitará as escolas alertando sobre os riscos de afogamento. Também está programada campanha de alerta pelas emissoras de rádio. Machado aponta o Canecão, Cupim, Via Paisagística e Poço da Pedra como áreas mais freqüentadas pelos banhistas. Grupos de salva-vidas se revezarão na vigilância desses lugares.

Sobre a situação dos moradores ribeirinhos, o coordenador justificou não haver mais riscos. Segundo ele não existe mais ninguém morando nessas áreas. Destacou, porém, como necessidade primordial, o abastecimento de água para as comunidades rurais. O quadro ainda é de estiagem.

Apesar da ausência de chuvas, o coordenador da Defesa Civil de Ibicuitinga, José Falcão Nobre, já está adotando medidas. Além do constante monitoramento de um açude situado no entorno da área comercial, famílias residentes nos morros estão sendo transferidas para imóveis alugados. Podem ocorrer deslizamentos nas formações geográficas que caracterizam a cidade. Algumas casas de taipa estão situadas em áreas muito próximas da rodovia que corta a região. Numa situação de emergência serão transferidas para o prédio da Secretaria de Ação Social.

O coordenador executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Henrique Santos, considera o Sertão Central como uma das áreas menos afetadas pelas inundações, mesmo assim alerta para a necessidade dos municípios organizarem e estruturem seus Conselhos. A Coordenadoria Estadual informa que precisam enviar constantemente os relatórios de avaliação.

Mais informações:
Defesa Civil
Quixadá: (88) 3414.4679
Quixeramobim: (88) 3444.4526
Ibicuitinga: (88) 3425.1012


Gomes Silveira
Radialista:Registro Profissional 3743 Matricula 6185
Fonte: www.diariodonordeste.com.br e http://www.centraldenoticias.org

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