quarta-feira, 8 de outubro de 2008

MEC vai investir R$ 70 milhões em dicionários da nova ortografia

1 milhão de salas de aula e 37 milhões de alunos serão atendidos.
Compra foi adiada para que dicionários sejam adaptados.

O Ministério da Educação (MEC) estima investir de R$ 70 milhões a R$ 90 milhões na compra de dicionários adaptados às novas regras da ortografia. A compra será feita em 2009 a partir de edital lançado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

De acordo com o diretor de ações educacionais do FNDE, Rafael Torino, o valor ainda não está fechado, porque o edital para a compra do material só sai em 2009. “Nós temos uma estimativa de atendimento para todas as salas de aula do ensino fundamental e médio. Ao todo são 1 milhão de salas com um universo de 37 milhões de alunos da rede pública”, afirma.



Segundo Torino, a compra deverá ser realizada depois que a Academia Brasileira de Letras (ABL) publique o novo vocabulário. Atualmente, mesmo com a adesão às novas regras, ficam dúvidas sobre a escrita de diversas palavras. Torino afirma que só será possível adquirir o material quando essas dúvidas forem solucionadas.

Depois que for lançado o edital, uma equipe de especialistas vai analisar as obras à disposição. Depois, kits compostos por vários títulos serão adquiridos pelo FNDE e enviados às escolas.



Compras adiadas

A aquisição de dicionários, que podia ocorrer neste ano, foi adiada para 2009, devido à reforma ortográfica. E ela está suspensa até a divulgação das definições da ABL sobre os pontos controversos do acordo ortográfico. “Dicionário não é uma material que compramos todos os anos. Não há política regular. A compra se faz quando é necessário e a última aquisição aconteceu em 2006”, explica Torino.

Há três tipos diferentes de dicionários: um para crianças em fase de alfabetização, outro para crianças até dez anos e um terceiro, dessa etapa em diante. “Vamos exigir a nova ortografia, porque o dicionário serve para tirar as dúvidas dos estudantes”, diz.

Os livros didáticos, por sua vez, terão de ser adaptados a partir de 2010. Já os materiais de biblioteca não sofrerão a mesma exigência. “Os materiais de bibliotecas são permanentes. Ninguém vai ficar queimando livros por eles não estarem com a nova ortografia”, aponta

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