terça-feira, 21 de outubro de 2008

Motoclubes fazem turismo e mobilizam admiradores

O sucesso do evento traz a certeza de fortalecer o turismo na região

Quixadá. Acostumada com a aparição de extraterrestres — segundo relatos de ufólogos e de alguns habitantes — e ainda de antigos modelos do Museu do Automóvel, neste fim de semana a “Terra dos Monólitos” foi invadida por um grupo diferente de visitantes. Dezenas de esquadrões motorizados, sobre duas rodas, movimentaram uma das mais belas cidades do Interior do Ceará. Partiram de todos os cantos do Estado para o I Encontro de Motoclubes do Sertão Central. Lotaram hotéis e restaurantes de Quixadá assegurando faturamento extra no setor turístico local.

A iniciativa partiu do “Gaviões dos Monólitos”, pioneiro na região, criado há pouco mais de dois meses. Com o apoio de representantes das concessionárias Yamaha, Sundown, Suzuki e Honda, recepcionaram os convidados com café da manhã e “churrascão ao estilo 0800”. Pacotes especiais asseguraram descontos nos hotéis Monólitos, Cedro Palace, Quinzinho, Belas Artes e Casa Grande. A maioria teve 100% de ocupação. “Uma prova de que é possível aquecer o turismo sertanejo por meio de iniciativas simples com o mototurismo”, segundo destacaram os organizadores do evento.

Não era por menos. Mais de 15 facções — como a maioria prefere definir os clubes — estiveram em Quixadá. Equadrão de Elite, Dragões Indomáveis, Anjos Estradeiros, Ases do Asfalto e tantas outras que o clima de descontração não permitiu identificar, estavam reunidas para mais uma festa. Pelos cálculos de Harnoldo de Lima, um dos criadores do grupo anfitrião, mais de 150 pilotos e garupeiros prestigiaram o evento e atraíram a atenção de muitos curiosos com suas máquinas exóticas, dentre elas a Honda Goldwing 1.800cc do funcionário público Ruy Ávila. Avaliada em mais de R$ 120 mil, tem um complexo sistema mecânico e até marcha ré.

Expansão econômica

Se as motos deslumbraram os moradores, os pontos turísticos e a hospitalidade também agradaram os forasteiros. Muitos retornarão outras vezes e com eles trarão mais turistas. O ciclo é certeza de expansão econômica. Entre despesas com abastecimento de combustível, alimentação, hospedagem e alguns suvenires cada motociclista costuma gastar, em média, R$ 250,00 em cada cidade. A avaliação é feita pelos mais experientes, dentre eles o estradeiro Manoel Elias de Sousa, coordenador de uma das maiores facções do Brasil, o Bodes do Asfalto, em Juazeiro do Norte.

O empresário e motociclista Gerardo Aguiar, criador do portal eletrônico Motosnet, destaca o fortalecimento dos encontros nos fins de semana. Ele cita os vários eventos já realizados no Estado.

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