sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Psicólogos evitarão seminaristas gays


Roma. O Vaticano anunciou ontem que recorrerá a psicólogos para avaliar se os candidatos a entrar nos seminários são homossexuais. Segundo documento divulgado pela Congregação para a Educação Católica, o Vaticano considera que o emprego de psicólogos pode ser ´útil em certos casos´.

Entre os sintomas que os psicólogos deverão detectar estão ´as dependências afetivas fortes´, a ´identidade sexual incerta´ e ´a tendência arraigada à homossexualidade´, informa o texto. A ´rigidez de caráter´ também está entre as preocupações da hierarquia da igreja no momento de selecionar os futuros sacerdotes.

De acordo com o documento, o recurso a psicólogos, que não farão parte do corpo docente, não será obrigatório e deverá contar com ´o consentimento prévio, livre e explícito do candidato´ a sacerdote.

O documento, que tem o título ´Orientações para o uso das competências da psicologia na admissão e formação dos candidatos ao sacerdócio´, foi preparado por seis anos e aprovado pelo papa Bento XVI.

As medidas foram ordenadas pelo papa João Paulo II (morto em 2005), depois da eclosão de vários escândalos de pederastia praticada por sacerdotes da Igreja Católica.

Os escândalos, em particular nos Estados Unidos, América Latina e Europa, afetaram a imagem da Igreja Católica, que em alguns países foi obrigada a pagar indenizações milionárias. A doutrina católica considera a homossexualidade algo intrinsecamente equivocado e que homossexuais não poderão se tornar sacerdotes.

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