Desde segunda-feira, rapaz de 22 anos mantém ex-namorada refém.
Seqüestrador disse que não avisará quando for liberar garota.
O seqüestro da adolescente de 15 anos, em Santo André, no ABC, entra no terceiro dia nesta quinta-feira (16). Já são 65 horas de tensão.
O ex-namorado da garota Lindemberg Alves, de 22 anos, invadiu a casa da adolescente às 13h30 da segunda-feira (13) e fez ela e outros três colegas de escola refém. Na noite de segunda, ele liberou dois rapazes e na noite de terça-feira (14), soltou uma amiga de sua ex-namorada.
Na tarde de quarta-feira (15), Alves afirmou, em rápida entrevista ao SPTV, que pretende liberar a adolescente de 15 anos, mas “não avisar” quando isso vai acontecer.
"Não precisa avisar. Porque eu liberei três pessoas e não aconteceu nada demais. Por que vou mudar de plano? Não vou dar hora, nem momento. Vai acontecer e pronto”, disse ele, por telefone.
Alves, que se mudou da Paraíba para a capital com a família ainda pequeno, contou que tentou conversar com a jovem, mas "ela sempre virava as costas e me deixava falando", afirmou. Ele foi descrito por vizinhos do conjunto habitacional onde também mora, no Jardim Santo André, como uma pessoa ciumenta, garantiu que "não queria voltar" com a ex-namorada. "Eu tinha deixado bem claro para a família dela. Não queria voltar; só ter uma conversa e ela não aceitava".
Vedete
O coronel Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque que negocia a rendição do rapaz, afirmou no final da tarde da quarta que, por volta das 14h, havia fechado um acordo o seqüestrador.
“Ele nos disse que iria colocar a arma no chão e liberar a moça”, contou o coronel. O acordo, no entanto, não se concretizou, e o rapaz desistiu do combinado sem dar explicações, de acordo com o comandante.
“Ele disse que só vai liberá-la quando quiser, ele está se sentindo uma vedete. Tivemos de recomeçar do zero”, declarou. O coronel Félix disse também que o rapaz ficou nervoso depois que tocaram campainha do apartamento onde ele mantém a garota refém, na manhã desta quarta-feira.
“Ele não atendeu o telefone a noite toda nem de manhã. Então, ficamos preocupados. Se ele tivesse a matado a facadas e tivesse se matado de alguma outra maneira? Por isso, decidimos tocar a campainha. Um de nosso homens pegou um cabo de vassoura, foi até lá e apertou o botão da campainha”, relatou.
O coronel disse ainda que as negociações com o seqüestrador prosseguiram durante toda a tarde, mas que não há qualquer previsão de desfecho.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
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