Pouco mais de 24 horas após a sangria do Açude Fogareiro, a população de Quixeramobim começa a enfrentar os transtornos causados pelas chuvas. Moradores da Pompéia, área residencial na periferia, estão sentindo na pele o drama vivido por centenas de famílias no Norte do Estado. Os ribeirinhos estão se mudando para locais mais seguros. Os níveis de água de alguns riachos, afluentes do rio que corta o município, estão subindo rapidamente. A chuva registrada na madrugada de ontem, de 100mm, é a causa.
O Corpo de Bombeiros Militar e a Defesa Civil do Município atenderam a vários chamados. Auxiliaram na retirada de idosos, crianças e pertences. São moradores de áreas com maior incidência de alagamentos, como a Vila Holanda, que, nas imediações do Riacho da Palha, recebe as águas de mais um açude sangrando na região, o Transval. Pelo menos 12 casas haviam sido atingidas pelas águas. O casal Antonio e Franciele Fernandes foram alguns dos que já contabilizam prejuízos com as chuvas.
As últimas precipitações encheram os açudes Flores, próximo à cidade, e o São Miguel, naquele distrito, onde o pluviômetro chegou a marcar 120mm nessa quinta-feira. Os açudes Campina, Jurema e Torado também estão transbordando. Com eles, a lâmina d´água na barragem do Açude Quixeramobim, na ponte sobre a CE-060, atingiu 1,5m ontem. Rio acima, o Fogareiro estava com sangria de 1,00m.
O acentuado volume hídrico torna a correnteza mais perigosa no curso do Vale do Banabuiú, onde o Quixeramobim deságua. Segundo os bombeiros, um pescador está desaparecido. Ele estava lançando uma tarrafa na via paisagística quando a rede enganchou, e ao tentar recuperá-la na água, não retornou mais. Foram realizadas buscas por todo o dia, mas até o enceramento desta edição não havia sido encontrado.
Apesar do acentuado volume d´água, a Prefeitura assegura não haver risco para os moradores da área abaixo das represas. O nível do rio está sendo constantemente monitorado. Em alguns trechos do Centro, cortados por córregos, as máquinas já começaram a trabalhar para desobstruir os bueiros. O próprio prefeito Edmilson Júnior inspecionou as áreas consideradas críticas, incluindo a barragem do Açude Campina, que rompeu em 2004 e inundou a cidade.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as chuvas continuam, com probabilidade de se intensificarem na região Centro-Norte do Estado. Por conta desse quadro, mais açudes deverão sangrar. Conforme a Companhia de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Cogerh), até a tarde de ontem, 64 açudes já haviam atingido sua capacidade máxima, representando carga média de 83,7% nas 11 bacias hidrográficas do Ceará.
Alex Pimentel
Repórter
www.diariodonordeste.com.br
O Corpo de Bombeiros Militar e a Defesa Civil do Município atenderam a vários chamados. Auxiliaram na retirada de idosos, crianças e pertences. São moradores de áreas com maior incidência de alagamentos, como a Vila Holanda, que, nas imediações do Riacho da Palha, recebe as águas de mais um açude sangrando na região, o Transval. Pelo menos 12 casas haviam sido atingidas pelas águas. O casal Antonio e Franciele Fernandes foram alguns dos que já contabilizam prejuízos com as chuvas.
As últimas precipitações encheram os açudes Flores, próximo à cidade, e o São Miguel, naquele distrito, onde o pluviômetro chegou a marcar 120mm nessa quinta-feira. Os açudes Campina, Jurema e Torado também estão transbordando. Com eles, a lâmina d´água na barragem do Açude Quixeramobim, na ponte sobre a CE-060, atingiu 1,5m ontem. Rio acima, o Fogareiro estava com sangria de 1,00m.
O acentuado volume hídrico torna a correnteza mais perigosa no curso do Vale do Banabuiú, onde o Quixeramobim deságua. Segundo os bombeiros, um pescador está desaparecido. Ele estava lançando uma tarrafa na via paisagística quando a rede enganchou, e ao tentar recuperá-la na água, não retornou mais. Foram realizadas buscas por todo o dia, mas até o enceramento desta edição não havia sido encontrado.
Apesar do acentuado volume d´água, a Prefeitura assegura não haver risco para os moradores da área abaixo das represas. O nível do rio está sendo constantemente monitorado. Em alguns trechos do Centro, cortados por córregos, as máquinas já começaram a trabalhar para desobstruir os bueiros. O próprio prefeito Edmilson Júnior inspecionou as áreas consideradas críticas, incluindo a barragem do Açude Campina, que rompeu em 2004 e inundou a cidade.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as chuvas continuam, com probabilidade de se intensificarem na região Centro-Norte do Estado. Por conta desse quadro, mais açudes deverão sangrar. Conforme a Companhia de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Cogerh), até a tarde de ontem, 64 açudes já haviam atingido sua capacidade máxima, representando carga média de 83,7% nas 11 bacias hidrográficas do Ceará.
Alex Pimentel
Repórter
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