quinta-feira, 2 de abril de 2009

POLITICA - Crise influi na popularidade


Para os tucanos, a diminuição dos recursos para os municípios influenciou o resultado da última pesquisa

A chegada da crise econômica mundial ao cotidiano do consumidor brasileiro fez a popularidade do presidente Lula cair. Esse foi ponto consensual entre petistas e tucanos na Assembléia Legislativa, em comentários sobre o índice de 10% de queda na avaliação positiva do Governo e a conseqüente subida dos índices de avaliação negativa, segundo pesquisa do instituto CNT/Sensus. Os apoiadores minimizam a queda, mas os opositores da gestão federal apontam para a crise e para a redução dos repasses federais aos municípios, como responsáveis pela queda.

Para o deputado Osmar Baquit (PSDB), a diminuição dos postos formais de trabalho, a falta de crédito e o endividamento das pessoas foram fatores oriundos da crise que estão afetando a vida das pessoas. ´Aquela história de o presidente dizer que era apenas uma marolinha está destoando no bolso do brasileiro que já está sentindo o peso da crise´, destacou o parlamentar, ao dizer que os opositores do Governo alertaram que a crise era grave, enquanto o presidente Lula a desqualificava. ´Ele poderia dizer que o Brasil estava preparado para enfrentar a crise, e não dizer que não iria atingir o Brasil. Se fosse assim, todos teriam se preparado melhor´.

Do ponto de vista eleitoral, ele avalia que o governador de São Paulo, José Serra, continua crescendo e que é a candidatura mais forte, embora a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do presidente Lula, esteja diariamente na mídia. ´O PSDB está forte, nacionalmente, e o governador Serra cresce nas pesquisas. Mesmo contra a força do Governo, vamos para uma campanha presidencial com força para vencer´, disse .

Obscuro

´A crise econômica diminui a popularidade de qualquer governo. No entanto, vale registrar que o presidente ainda é o mais popular da história´, argumentou o deputado Artur Bruno (PT), que tem feito a defesa do Governo diariamente. Questionado se o petista subestimou a crise, Bruno fez questão de falar do cenário obscuro que se instalou no mundo: ´ninguém tinha a total certeza dos impactos da crise mundial. Agora há mais clareza e o governo está agindo firmemente no combate aos efeitos dela´, disse.

O deputado Tomas Figueiredo (PSDB) entende que a diminuição dos repasses federais aos municípios, que está fazendo algumas Prefeituras demitir funcionários e diminuir a assistência, também está na lista das variáveis que fizeram os índices de aprovação da gestão decrescerem. ´O que começou com as demissões nas indústrias do Sul e Sudeste, agora chegou aos municípios do Nordeste com a diminuição dos repasses, disse. A queda é natural, na avaliação feita pelo deputado Dedé Teixeira (PT) porque os sintomas da crise estão muito fortes.

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