O ex-presidente de Cuba Fidel Castro disse em texto publicado na segunda-feira que o país não pedirá "esmolas", numa alusão à decisão anunciada no mesmo dia pelos EUA de suspender as restrições de viagens e remessas financeiras de cubano-americanos.
Fidel, afastado do poder há quase três anos por motivo de saúde, lamentou que o presidente dos EUA, Barack Obama, não tenha citado o embargo comercial com o qual seus dez antecessores tentaram forçar a ilha a abandonar o regime socialista. Washington diz que só vai suspender definitivamente o bloqueio econômico quando Cuba se democratizar.
"Do bloqueio, que é a mais cruel das medidas, não se disse uma palavra", escreveu Fidel, de 82 anos, no texto publicado pelo site cubadebate.cu.
"Cuba resistiu e resistirá. Não estenderá jamais suas mãos pedindo esmolas. Seguirá adiante com a testa erguida, cooperando com os povos irmãos da América Latina e do Caribe, haja ou não Cúpulas das Américas, presida ou não Obama os Estados Unidos, (seja o presidente dos EUA) um homem ou uma mulher, um cidadão branco ou um cidadão negro", acrescentou.
Obama anunciou o fim parcial das restrições a poucos dias da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, na qual vários líderes latino- americanos devem pressionar os EUA pelo fim do embargo, um resquício da Guerra Fria que muitos julgam anacrônico.
As mudanças revertem o endurecimento das sanções durante o governo de George W. Bush. Além de liberar viagens e remessas financeiras, Obama também autorizou empresas de telecomunicações a prestarem serviços de telefonia celular, rádio e TV por satélite para a ilha.
O artigo de Fidel é a primeira declaração do regime comunista sobre as medidas. O presidente Raúl Castro, irmão de Fidel, ainda não se manifestou.
O embargo contra Cuba é condenado anualmente pela grande maioria dos países que participam das Assembleias Gerais da ONU.
(Reportagem de Esteban Israel)
Fidel, afastado do poder há quase três anos por motivo de saúde, lamentou que o presidente dos EUA, Barack Obama, não tenha citado o embargo comercial com o qual seus dez antecessores tentaram forçar a ilha a abandonar o regime socialista. Washington diz que só vai suspender definitivamente o bloqueio econômico quando Cuba se democratizar.
"Do bloqueio, que é a mais cruel das medidas, não se disse uma palavra", escreveu Fidel, de 82 anos, no texto publicado pelo site cubadebate.cu.
"Cuba resistiu e resistirá. Não estenderá jamais suas mãos pedindo esmolas. Seguirá adiante com a testa erguida, cooperando com os povos irmãos da América Latina e do Caribe, haja ou não Cúpulas das Américas, presida ou não Obama os Estados Unidos, (seja o presidente dos EUA) um homem ou uma mulher, um cidadão branco ou um cidadão negro", acrescentou.
Obama anunciou o fim parcial das restrições a poucos dias da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, na qual vários líderes latino- americanos devem pressionar os EUA pelo fim do embargo, um resquício da Guerra Fria que muitos julgam anacrônico.
As mudanças revertem o endurecimento das sanções durante o governo de George W. Bush. Além de liberar viagens e remessas financeiras, Obama também autorizou empresas de telecomunicações a prestarem serviços de telefonia celular, rádio e TV por satélite para a ilha.
O artigo de Fidel é a primeira declaração do regime comunista sobre as medidas. O presidente Raúl Castro, irmão de Fidel, ainda não se manifestou.
O embargo contra Cuba é condenado anualmente pela grande maioria dos países que participam das Assembleias Gerais da ONU.
(Reportagem de Esteban Israel)
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