sábado, 4 de abril de 2009

Usina de biodiesel em Quixadá será ampliada


Até o fim de 2008, a usina de Quixadá não havia usado mamona ou girassol cearenses para a industrializar biodiesel

A Petrobras Biocombustível anunciou ontem, a expansão da usina de biodiesel de Quixadá, no interior cearense. Em 2010, a capacidade será ampliada em 20%; no ano seguinte, mais 10%, e, finalmente, outros 10% em 2012. Já a usina de Candeias, na Bahia será duplicada, passando dos atuais 57 milhões de litros para 114 milhões de litros, em 2013.

Expansão semelhante vai passar a usina de biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros (MG). O presidente da estatal, Alan Kardec, informou que a unidade terá capacidade para processar até 80 milhões de litros por ano, em 2013. Atualmente, a usina, que opera desde janeiro, tem capacidade para 57 milhões de litros.

Kardec explicou que a expansão será feita de forma gradativa, com a otimização e ajustes técnicos da unidade. ´Toda unidade, quando é processada, apresenta algumas folgas. Com esses ajustes vamos aumentar a receita e reduzir o custo operacional´, disse.

Mão-de-obra

A Petrobras Biocombustível contratou 8.200 agricultores familiares para ajudar a suprir a matéria-prima necessária à operação da usina, baseada em mamona e girassol. A meta é alcançar 20 mil agricultores familiares. Foram investidos R$ 95 milhões na usina mineira, que desde janeiro, produziu 3 milhões de litros de biodiesel. Apesar de funcionar desde janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará, na próxima segunda-feira, de cerimônia de inauguração da unidade de biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros.

Leilão

Operada pela Petrobras Biocombustível, a usina de biodiesel de Quixadá, vendeu 11,28 milhões de litros de biodiesel no 13º leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Gás Natural e Biocombustível (ANP). Apesar de representar apenas 3,58% do total comercializado (315 milhões de litros), o montante foi a maior negociação nos quatro leilões que a empresa participou. Com a sua ampliação, a unidade terá condições de participar de novos leilões, em maiores condições de competir. Isso porque, até o fim do ano passado, a usina de Quixadá ainda não havia utilizado mamona, nem o girassol cearenses para a industrialização do biodiesel. Até então, as matérias-primas básicas da produção do combustível eram a soja (da região Centro-Oeste) e o algodão da Bahia e do Ceará.

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Foto: Kiko Silva

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